A presidente executiva da
Sociedade de Jogos de Macau (SJM), Daisy Ho, declarou na Exposiçao Mundial de
Jogo (G2E Asia) que o projecto da Grande Baía marca “uma fase histórica” para o
território. “Macau está a entrar numa fase histórica, uma nova era de
excitantes oportunidades e desafios”, disse a empresária no discurso de
abertura da maior feira na capital mundial do jogo, que foi completamente
dedicada a promover o projecto político da Grande Baía.
“O projecto da Grande Baía vai
promover maior abertura e conectividade entre estas zonas e é consistente com
os objectivos de Macau, que são tornar-se o centro global da indústria de
turismo e entretenimento, aumentar a diversificação económica e servir de
plataforma para as relações com os países de língua portuguesa”, disse a
responsável, numa intervenção de quase uma hora.
Ao longo do discurso, Daisy Ho
cingiu-se ao tema da Grande Baía e promoveu as suas principais vantagens,
defendendo que Macau pode ter um “papel central” como ponto de encontro entre o
Ocidente e o Oriente. “Macau tem o estatuto especial de cidade central, apesar
de ter um tamanho e população menor do que outros” participantes desta
megametrópole que tem uma riqueza de 1,6 biliões de dólares que representa 12%
do PIB da China, maior do que a Coreia do Sul, a Rússia ou a Espanha, por
exemplo.
Ho salientou que a Grande Baía
“é um importante pilar para o projecto ‘Uma Faixa, Uma Rota'”, e afirmou que “o
plano de desenvolvimento reconhece que Macau já tem uma característica
essencial de encontro de culturas”, mas apresenta também desafios para esta
região. “Aumentar a infra-estrutura local, aumentar a capacidade de alojamento,
adicionar mais atrações não relacionadas com o jogo, desenvolver recursos
humanos locais para acompanhar as oportunidades de liderança, promover a
economia verde no turismo e evitar o sobreturismo e deslocar a base de clientes
para o mercado superior” foram os desafios apontados por Daisy Ho.
As ambições para o projecto da
Grande Baía estão patentes no documento divulgado, em Fevereiro, pelo Comité
Central do Partido Comunista Chinês (PCC) e pelo Conselho de Estado, intitulado
“Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía
Guangdong-Hong Kong-Macau”. Macau deverá posicionar-se enquanto centro mundial
de turismo e lazer e de plataforma de serviços para a cooperação comercial
entre a China e os países de língua portuguesa, mas também tem como missão a
promoção da coexistência das diversas culturas, com predominância da cultura
chinesa. In “Ponto Final” - Macau
Sem comentários:
Enviar um comentário