O
presidente do BNU em Macau disse à Lusa que a região é "um mar de
oportunidades" e vincou que o projeto da Grande Baía configura "uma
explosão de oportunidades nos próximos dez anos"
“O
projeto da Grande Baía é um mar de oportunidades para quem quiser vir para
Macau; um dos pilares é Macau ser o centro mundial de lazer, e o segundo é ser
uma plataforma de negócios entre a China e os países de língua portuguesa”,
disse Carlos Álvares, em entrevista à Lusa na sede do BNU, em Macau.
“O
BNU pode ser um congregador de esforços e um potenciador de negócios entre
Portugal e Macau e a China, e estamos a investir bastante nisso; para além da
proximidade que temos com o Fórum Macau, estamos a tentar fazer o mesmo com a
AICEP e a agência de captação de investimento de língua portuguesa, para
mostrar as oportunidades de negócio na Grande Baía”, acrescentou o responsável.
A
Grande Baía é um projeto político da China que pretender criar uma zona
económica que inclui Macau, Hong Kong e mais nove cidades chinesas, com um
tamanho geográfico equivalente a dois terços de Portugal, mas com um PIB atual
de 1,4 biliões de dólares e que numa década poderá evoluir para cerca de 3
biliões.
“A
Grande Baía inclui 5% da população chinesa, mas vale 11 ou 12% do PIB e um
terço das exportações chinesas”, vincou o banqueiro, acrescentando que, com o
BNU é detido a 100% pela Caixa Geral de Depósitos, está em todos os Países
Africanos de Língua Oficial Portuguesa, com uma quota de mercado significativa.
“Infelizmente,
conta-se pelos dedos as empresas portuguesas na China, mas uma coisa é ir para
a China, que é um mundo, e outra coisa é vir para a Grande Baía, que é uma zona
com 70 milhões de habitantes com um potencial de compra muito grande e que pode
ser geradora de uma miríade de negócios”, salientou o antigo presidente do
Banco Popular.
Macau,
concluiu, “poderia ser uma boa porta de entrada, até porque um dos pilares de
desenvolvimento de Macau é ser uma plataforma de negócios entre Portugal e os
países de língua portuguesa, e a China” e, neste contexto, “o BNU pode ser uma
ajuda preciosa para essas empresas se instalarem aqui, tendo a facilidade da
língua, fazendo o banco a ponte entre o Ocidente e o Oriente de forma bastante
simplificada”.
O
BNU, “uma das operações mais rentáveis do Grupo Caixa”, está em Macau com 500
trabalhadores, 20 agências e tem uma operação de 4 mil milhões de euros em
depósitos e 2,5 mil milhões em crédito, registando também uma quota de 14% no
mercado das transações com cartões. In “Sapo24” com “Lusa”
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