Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 31 de maio de 2019

Macau – Estudantes dos países lusófonos vão pagar menos para estudar no IPM

Os estudantes lusófonos matriculados no Instituto Politécnico de Macau vão passar a pagar menos que os restantes alunos internacionais. A medida vigorará a partir do próximo ano lectivo. O presidente do IPM, Marcus Im, revelou ainda que o IPM está preparado para abrir em Setembro cursos de mestrado e doutoramento em Português, informática e administração pública



O Instituto Politécnico de Macau (IPIM) vai implementar uma nova medida para privilegiar os estudantes dos países lusófonos a partir de Setembro deste ano. O presidente da instituição de ensino superior revelou que, de um modo geral, os estudantes com origem nos países de língua portuguesa vão ter uma propina especial, equivalente a uma redução de 10% a 20% em comparação com os restantes alunos internacionais. “A medida visa atrair mais alunos destes países”, destacou Marcus Im.

Em declarações à Tribuna de Macau, o mesmo responsável salientou que o IPM planeia lançar seis cursos de mestrado e três de doutoramento, reflectindo um primeiro passo após a entrada em vigor do Regime de Ensino Superior. Até ao momento, garantidamente, quatro cursos contam com a “luz verde” do Governo.

“Ainda estamos à espera da avaliação de dois cursos de mestrado e dois de doutoramento, que estão a ser alvo de processo de apreciação”, explicou. Entre os mestrados estão cursos de português e nas áreas da tecnologia informática especializada em mega-dados e na internet das coisas e administração pública.

Segundo Marcus Im, estes cursos serão destinados sobretudo a quadros locais. O presidente do IPM acredita também que o lançamento dos novos cursos de mestrado oferecerá novas oportunidades aos estudantes. Uma vez que incluem uma componente no estrangeiro, também estudantes internacionais podem participar nesses cursos, sobretudo estudantes dos países de língua portuguesa. “Esperamos ter, em breve, mais estudantes lusófonos a vir para Macau para fazer investigação ou cursos de mestrado e doutoramento”, realçou.

Relativamente aos cursos de mestrado já autorizados pelo Governo, o presidente do IPM disse que há cerca de 30 candidatos para cada curso. Assim, no próximo ano lectivo, o Politécnico terá mais de 100 estudantes de mestrado.

Taxa de emprego atinge 90%

Cerca de 680 alunos receberam ontem os seus diplomas no IPM numa cerimónia que contou com a presença do Chefe do Executivo e do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura entre outras personalidades.

O presidente do IPM, que tomou posse em Setembro do ano passado, vincou que cerca de 90% dos graduados conseguem encontrar emprego. “A taxa de emprego dos estudantes do IPM é satisfatória. Em três meses devem ser contratados”. Os graduados do curso de tradução Chinês-Português “devem ter mais oportunidades de chegar a melhores empregos”.

No que respeita ao universo de candidatos para o próximo ano lectivo, Marcus Im mostrou-se satisfeito. “São bons números”, frisou, estimando que, com a abertura dos cursos de mestrado, o IPM deverá ter mais de 500 estudantes nos próximos cinco anos. Actualmente, conta com 3.600.

No seu discurso, Marcus Im expressou o desejo de que os graduados continuem a abraçar o lema do IPM “Dilatar o conhecimento técnico-científico com base nas culturas da China e do ocidente”, e apontou os alunos como o futuro da sociedade.

Por sua vez, o Chefe do Executivo disse que vai apoiar o IPM formar os quadros qualificados e abrir cursos de acordo com a lei de Macau. Chui Sai On manifestou ainda apoio ao IPM para construir uma base de formação de quadros bilingues Chinês-Português.

A cerimónia de graduação do IPM começou com o hastear da bandeira da República Popular da China e incluiu o espectáculo de fado “Cheira a Lisboa”. Viviana Chan – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”

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