Os
estudantes lusófonos matriculados no Instituto Politécnico de Macau vão passar
a pagar menos que os restantes alunos internacionais. A medida vigorará a
partir do próximo ano lectivo. O presidente do IPM, Marcus Im, revelou ainda
que o IPM está preparado para abrir em Setembro cursos de mestrado e
doutoramento em Português, informática e administração pública
O Instituto Politécnico de
Macau (IPIM) vai implementar uma nova medida para privilegiar os estudantes dos
países lusófonos a partir de Setembro deste ano. O presidente da instituição de
ensino superior revelou que, de um modo geral, os estudantes com origem nos
países de língua portuguesa vão ter uma propina especial, equivalente a uma
redução de 10% a 20% em comparação com os restantes alunos internacionais. “A
medida visa atrair mais alunos destes países”, destacou Marcus Im.
Em declarações à Tribuna de
Macau, o mesmo responsável salientou que o IPM planeia lançar seis cursos de
mestrado e três de doutoramento, reflectindo um primeiro passo após a entrada
em vigor do Regime de Ensino Superior. Até ao momento, garantidamente, quatro
cursos contam com a “luz verde” do Governo.
“Ainda estamos à espera da
avaliação de dois cursos de mestrado e dois de doutoramento, que estão a ser
alvo de processo de apreciação”, explicou. Entre os mestrados estão cursos de português
e nas áreas da tecnologia informática especializada em mega-dados e na internet
das coisas e administração pública.
Segundo Marcus Im, estes
cursos serão destinados sobretudo a quadros locais. O presidente do IPM
acredita também que o lançamento dos novos cursos de mestrado oferecerá novas
oportunidades aos estudantes. Uma vez que incluem uma componente no
estrangeiro, também estudantes internacionais podem participar nesses cursos,
sobretudo estudantes dos países de língua portuguesa. “Esperamos ter, em breve,
mais estudantes lusófonos a vir para Macau para fazer investigação ou cursos de
mestrado e doutoramento”, realçou.
Relativamente aos cursos de
mestrado já autorizados pelo Governo, o presidente do IPM disse que há cerca de
30 candidatos para cada curso. Assim, no próximo ano lectivo, o Politécnico
terá mais de 100 estudantes de mestrado.
Taxa
de emprego atinge 90%
Cerca de 680 alunos receberam
ontem os seus diplomas no IPM numa cerimónia que contou com a presença do Chefe
do Executivo e do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura entre outras
personalidades.
O presidente do IPM, que tomou
posse em Setembro do ano passado, vincou que cerca de 90% dos graduados
conseguem encontrar emprego. “A taxa de emprego dos estudantes do IPM é
satisfatória. Em três meses devem ser contratados”. Os graduados do curso de
tradução Chinês-Português “devem ter mais oportunidades de chegar a melhores
empregos”.
No que respeita ao universo de
candidatos para o próximo ano lectivo, Marcus Im mostrou-se satisfeito. “São
bons números”, frisou, estimando que, com a abertura dos cursos de mestrado, o
IPM deverá ter mais de 500 estudantes nos próximos cinco anos. Actualmente,
conta com 3.600.
No seu discurso, Marcus Im
expressou o desejo de que os graduados continuem a abraçar o lema do IPM
“Dilatar o conhecimento técnico-científico com base nas culturas da China e do
ocidente”, e apontou os alunos como o futuro da sociedade.
Por sua vez, o Chefe do
Executivo disse que vai apoiar o IPM formar os quadros qualificados e abrir
cursos de acordo com a lei de Macau. Chui Sai On manifestou ainda apoio ao IPM
para construir uma base de formação de quadros bilingues Chinês-Português.
A cerimónia de graduação do
IPM começou com o hastear da bandeira da República Popular da China e incluiu o
espectáculo de fado “Cheira a Lisboa”. Viviana
Chan – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
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