Entre
promessas de uma relação mais estreita entre as duas partes, o Chefe do
Executivo reconheceu a contribuição do apoio de Portugal para o ensino do
português e formação turística em Macau. Por sua vez, o primeiro-ministro
português apelou à cooperação judiciária e no empreendedorismo jovem
Num encontro com o Chefe do
Executivo, Chui Sai On, o primeiro-ministro de Portugal mencionou a cooperação
judiciária e empreendedorismo dos jovens como áreas nas quais manter “a amizade
especial com Macau”, indicou o Gabinete de Comunicação Social. A par disto,
António Costa apelou a mais oportunidades de desenvolvimento para os jovens dos
dois territórios.
Já o Chefe do Executivo,
reconheceu que o apoio de Portugal no âmbito do ensino e formação turística
“será positivo” para Macau, porque “permitirá desempenhar melhor o seu papel na
criação da base de formação da língua portuguesa e do turismo”, durante a
participação nas iniciativas “Uma Faixa, uma Rota” e Grande Baía.
Para além disso, disse que na
sexta reunião da Comissão Mista Macau-Portugal, ambas as partes irão apresentar
previsões para uma futura cooperação, desejando que a colaboração bilateral
atinja um nível mais elevado, nomeadamente nas áreas da educação, cultura,
turismo, ciência e tecnologia, e sistema financeiro com características próprias.
António Costa destacou a
importância da relação luso-chinesa, recordando as mais recentes visitas
presidenciais entre os dois países, as quais obtiveram “resultados positivos”
bem como “uma relação bilateral mais sólida”. E mostrou acreditar que o aperfeiçoamento
da infra-estrutura regional pode “impulsionar um desenvolvimento mais próspero
e um intercâmbio próximo da Grande Baía”.
Os dois líderes políticos
consideraram que Macau vai continuar a desempenhar as suas funções enquanto
plataforma, e “os dois territórios desenvolvem uma relação mais estreita e uma
cooperação ao mais alto nível”. No encontro, concordaram ainda em impulsionar o
investimento mútuo.
A nível do ensino, Chui Sai On
encontrou-se com mais de 200 estudantes de Macau em Lisboa, os quais incentivou
a consolidarem os seus estudos em Portugal e regressarem posteriormente ao
território, para acumularem experiência e conhecimento.
Alguns dos estudantes que
intervieram consideram que a aprendizagem do português e do curso de Direito
“dão uma perspectiva mais ampla” e questionaram como é que o Governo vai
ultrapassar as diferenças nos regimes jurídicos e fiscais envolvidos na Grande
Baía. Uma tarefa que o Chefe do Executivo reconheceu que trará desafios.
Outros alunos aguardam que o
Governo crie mais oportunidades e plataformas para poderem expressar as suas
ideias. Apontaram como principal vantagem de estudar Direito em Portugal a
possibilidade de “entrar em contacto com um sistema jurídico mais avançado, o
que será favorável para o seu contributo, depois de regressarem a Macau, com a
finalidade de aperfeiçoar, localizar e acelerar o ritmo da revisão das leis
locais”. Observando a existência de opiniões e decisões diferentes em matéria
legislativa, Chui Sai On disse que a sua prioridade deve consolidar as bases do
conhecimento.
Neste evento, a Secretária
para a Administração e Justiça, Sónia Chan, partilhou a sua experiência de
estudo em Portugal, aconselhando os jovens a pensarem nas estratégias do
desenvolvimento nacional em articulação com a posição de Macau, acreditando que
a língua portuguesa vai desempenhar “um papel muito importante” com as
oportunidades da Grande Baía. Salomé
Fernandes – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
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