O primeiro-ministro timorense afirmou ontem o empenho em solidificar as instituições do Governo e do Estado para garantir que são adequadamente dimensionadas para servir a população
Xanana
Gusmão disse que o Estado “não tem de ser grande”, mas tem que actuar e
trabalhar de forma a “servir a população”, referindo-se ao que considerou ser o
excessivo número de empresas e institutos públicos, que representam gastos
adicionais. Xanana Gusmão falava aos jornalistas depois do encontro semanal com
o Presidente timorense, José Ramos-Horta, no Palácio Presidencial, em Díli, com
quem analisou os desafios do país.
Dois
meses depois da posse, o Governo já aprovou o Orçamento Geral do Estado (OGE)
retificativo para 2023, à espera de promulgação pelo Presidente timorense,
continuando a avançar na aprovação das orgânicas de várias estruturas.
O
Executivo e as várias instituições do Estado estão já a começar com o processo
de preparação do OGE para o próximo ano, devendo ser identificadas e definidas,
até 7 de Setembro, as actividades anuais e plurianuais.
O
seminário das Jornadas Orçamentais decorre a 8 de Setembro e cinco dias depois
prevê-se a aprovação do tecto orçamental, com as propostas de cada Ministério a
serem entregues até 29 de Setembro. “Após os necessários ajustamentos às
propostas sectoriais, prevê-se que o projecto de Proposta de Lei do Orçamento
Geral do Estado para 2024 seja aprovado em Conselho de Ministros a 31 de
Outubro e entregue ao Parlamento Nacional no dia 15 de Novembro”, indicou o
Governo.
Esta
semana, e entre outras medidas, o Governo fez algumas alterações na Saúde, um
dos sectores mais complexos do país, especialmente numa altura em que
Timor-Leste enfrenta carências de medicamentos. Nesse quadro, o Governo aprovou
a criação do Instituto de Farmácia e Produtos Médicos, que substitui o Serviço
Autónomo de Medicamentos e Equipamentos de Saúde (SAMES) timorense.
O
novo instituto “poderá adquirir, designadamente por importação, produtos
farmacêuticos e equipamentos médicos, produzir produtos farmacêuticos e
equipamentos médicos, assegurar o controlo de qualidade dos bens adquiridos ou
produzidos pelo instituto e assegurar as melhores práticas de armazenamento e
distribuição ao Serviço Nacional de Saúde, e a sua revenda às farmácias e
unidades privadas de saúde nacionais, quando necessário”, referiu o Governo.
Foi
igualmente aprovado o novo regime da Assistência Médica no Estrangeiro,
necessário para colmatar as carências ainda existentes no país, de forma a
adequá-lo “à atual realidade do país, bem como às práticas vigentes”.
Entre
outros aspetos, o diploma clarifica e harmoniza os conceitos com as práticas
legislativas actuais, “esclarece-se e reduz-se a linha de atuação dos vários
intervenientes nos procedimentos de assistência médica no estrangeiro, evitando
redundâncias e atos desnecessários para assegurar uma assistência médica mais
rápida e eficaz”. In “Ponto Final” - Macau
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