Realiza-se esta quinta-feira o lançamento do livro “Camilo Pessanha’s Macau Stories”, da autoria de Christopher Chu e Maggie Hoi. A obra acompanha o passado de Macau na perspectiva do poeta, tanto na terceira como na primeira pessoa. “Camilo Pessanha foi um marco vivo, que testemunhou os momentos do passado de Macau que definem o carácter da cidade hoje”, dizem os autores
“Camilo
Pessanha’s Macau Stories” é o nome do livro, da autoria da dupla Christopher
Chu e Maggie Hoi, que será apresentado esta quinta-feira, pelas 15h, na sala Le
Chinois, no Sofitel. Este é o segundo projecto destes autores sobre o poeta,
depois de “Macau’s Historical Witnesses”.
O
livro que agora é apresentado narra o passado de Macau na perspectiva do poeta,
tanto na terceira como na primeira pessoa, explicam os autores em nota de
imprensa, acrescentando que Pessanha “foi um marco vivo, que testemunhou os
momentos do passado de Macau que definem o carácter da cidade hoje”. O livro é
escrito em inglês, uma vez que os autores querem dar a conhecer a história do
poeta ao público de Macau que não fala português.
Ao
anunciar o livro, em Fevereiro, Chu contou ao Ponto Final que a ideia de
escrever sobre Pessanha começou numa conversa que teve no restaurante Albergue
1601, no bairro de São Lázaro, onde existe uma sala dedicada ao poeta. “Foi-me
proposto que fizesse um pouco de pesquisa sobre Pessanha e a sua vida. Como já
estávamos a escrever o primeiro livro [“Macau’s Historical Witnesses”],
acabámos por encontrar um tema muito interessante. Na verdade, quando aconteceu
o surto no ano passado, tive mais tempo em mãos e encontrei uma boa história”,
referiu o autor.
Portanto,
o novo livro sobre Camilo Pessanha procura focar-se, sobretudo, na vida do
poeta português em Macau, através do método do primeiro livro. “De certa forma,
Camilo torna-se na nossa testemunha histórica de Macau. Enquanto o primeiro
livro se concentra no tangível, o próximo concentrar-se-á nos intangíveis”,
explicou Christopher Chu.
Nascido
em Coimbra em 1867, Camilo Pessanha é hoje considerado o representante mais
genuíno do simbolismo português, corrente literária com impacto da literatura
no final do século XIX, início do século XX. O português, que veio viver para
Macau em 1894, onde chega a 10 de Abril, escreveu “Clepsidra”, livro que acabou
por ser publicado em 1920 graças aos esforços de Ana e João de Castro Osório,
amigos do poeta. É o único livro do autor publicado até hoje. Mas Pessanha
assinou textos na imprensa, proferiu discursos e assinou crítica literária,
entre outros textos que foram sendo editados ao longo dos anos. Camilo Pessanha
está sepultado no Cemitério São Miguel de Arcanjo. André Vinagre – Macau in “Ponto
final”
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