O Estado angolano comprou, esta semana, em Lisboa, Portugal, 36 das 38 peças etnográficas nacionais de várias regiões do país colocadas em leilão pela Cabral Moncada Leilões
As
peças, que faziam parte da colecção privada de artes do português Elísio
Romariz dos Santos Silva, foram leiloadas esta segunda-feira pelos herdeiros do
referido coleccionador privado que viveu em Angola durante vários anos.
De
acordo com uma nota de imprensa da Embaixada de Angola em Portugal a que a Angop
teve acesso, a recuperação das 36 peças vai enriquecer o acervo cultural
angolano, salvaguardando ainda o património nacional.
O
empenho da Embaixada de Angola em Portugal na recuperação do maior número de
peças desta colecção, insere-se no esforço nacional para que as futuras
gerações tenham contacto directo com o artesanato nacional elaborado nas
décadas de 50, 60 e 70 e assim reforcem as suas raízes culturais.
Segundo
a representação diplomática, uma das duas peças que não foi arrebatada por
Angola devido ao elevado preço de licitação (110 mil euros) é uma máscara
"Mwana Pó", que figura nos apontamentos impressos distribuídos aos
licitadores como "A Escultura Tribal dos Povos Bantu".
Conforme
dados oficiais, foi no Museu do Dundo que Elísio Romariz dos Santos Silva
estabeleceu os contactos que lhe permitiram aprofundar o interesse pela cultura
angolana, tendo participado na criação do Museu de Etnografia do Lobito.
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