Ho Iat Seng teve encontros com mais três associações no âmbito da elaboração das Linhas de Acção Governativa para o próximo ano. Ma Chi Seng, em representação da Associação de Amizade de Membros da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, sugeriu que sejam formados mais quadros bilingues para que o sector do jogo se possa alargar ao mercado externo e propôs que o Governo amplie a “influência” da plataforma entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Do lado da Federação das Associações dos Operários, pedidos no âmbito laboral, enquanto a Associação Geral das Mulheres se focou nas políticas para incentivar o aumento da taxa de natalidade
O
Chefe do Executivo teve encontros com mais associações no âmbito da elaboração
das Linhas de Acção Governativa (LAG) para o ano financeiro de 2024. Na Sede do
Governo, Ho Iat Seng recebeu os representantes da Associação de Amizade de
Membros da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês na Instância da
Província de Macau, tendo abordado diversos temas.
O
presidente da assembleia-geral da associação, Ma Chi Seng, apresentou ao
Governo cinco sugestões, entre as quais apoiar o alargamento do sector do jogo
ao mercado externo, “elevando o nível de serviços de transporte aéreo, formando
mais pessoal bilingue no sector do jogo ou que domina mais línguas”.
O
também empresário e deputado nomeado pelo Chefe à Assembleia Legislativa propôs
ainda que o Governo alargue a “influência” da plataforma entre a China e os
Países de Língua Portuguesa. Neste ponto, sugeriu em concreto que aumente a
frequência da organização de actividades e enriqueça o seu conteúdo. Ma Chi
Seng disse também que o Executivo deve, através da plataforma, “promover o
sector de turismo de lazer integrado”.
Do
rol de opiniões que fez chegar ao líder da RAEM constavam o incentivo às pequenas
e médias empresas (PME) para explorarem negócios na Zona de Cooperação
Aprofundada, o reforço da cooperação regional no âmbito do “Turismo +” e do
desenvolvimento do ensino integrado, “apoiando e encorajando as instituições de
ensino superior de Macau a desenvolverem-se em Hengqin, cultivando o ensino
patriótico junto dos jovens”.
Ho
Iat Seng assegurou que a equipa governamental irá estudar e analisar as
opiniões, elaborando as LAG “pragmaticamente”. Já o Secretário para a Economia
e Finanças, Lei Wai Nong, apontou que o Governo irá “promover eficazmente” o
desenvolvimento dos projectos do segmento não jogo, persistindo em organizar
mais actividades diversificadas de turismo, cultura e desporto, com vista a
explorar mais a fonte de turistas. Disse também que divulgará o mais breve
possível o “Plano de Desenvolvimento da Diversificação Adequada da Economia da
RAEM”.
Políticas laborais e de incentivo à natalidade
Com
o mesmo propósito, Ho Iat Seng reuniu-se com representantes da Federação das
Associações dos Operários de Macau (FAOM), tendo trocado impressões sobre as
políticas laborais, os recursos humanos e a formação profissional. O líder da
RAEM salientou mais uma vez que em 2024 o Governo irá “manter várias medidas de
benefícios à população”, sublinhando, contudo, que, segundo os dados
estatísticos, “a taxa de inflação em Macau não teve um aumento significativo”.
Ho
Iat Seng reconheceu também que há sectores que “enfrentam uma escassez de
pessoal, especialmente na indústria de serviços hoteleiros”. Sobre esta
matéria, garantiu que o Executivo “reforçará o apoio na formação profissional e
nas competências de aptidão profissional, a fim de melhorar o sistema de serviços
laborais”.
As
sugestões levadas pela presidente da FAOM, Ho Sut Heng, abrangiam o foco na
manutenção das medidas de apoio à população e alívio da pressão na vida dos
residentes e o aperfeiçoamento de políticas laborais, por forma a assegurar os
direitos dos trabalhadores. Além disso, propôs a optimização de várias medidas
relacionadas com as condições de vida da população e a construção de uma
“cidade habitável e adequada ao turismo” e a aceleração da conexão das
políticas entre Hengqin e Macau.
Já
no encontro com as representantes da Associação Geral das Mulheres de Macau, os
assuntos abordados tiveram que ver com o desenvolvimento dos assuntos das
mulheres e os seus direitos e com as políticas de natalidade.
A
presidente da direcção da Associação Geral das Mulheres, Un Sio Leng, referiu
que Macau se encontra num “período fulcral” para resolver os conflitos e
problemas “profundamente arreigados no desenvolvimento social”. Assim, “perante
o declínio da taxa de natalidade, de envelhecimento da população e do
enfraquecimento da função da família, a sociedade carece de que o Governo crie,
em várias vertentes, um sistema que proteja o desenvolvimento das famílias”.
Neste sentido, propôs que o Executivo estude e defina metas de desenvolvimento
familiar, “potenciando as vantagens articuladas de vários serviços públicos,
com vista a elevar a eficiência das políticas em causa”.
Na
réplica, Ho Iat Seng disse esperar que os diversos sectores apresentem mais
sugestões em prol do aumento da taxa de natalidade no território. Afirmou
também que as sugestões apresentadas servirão de referência para a elaboração
dos trabalhos governativos para o próximo ano. In “Jornal
Tribuna de Macau” - Macau
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