Cerca
de 400 portugueses residentes em seis países da África Ocidental vão passar a
ter atendimento consular por videochamada numa iniciativa da embaixada de
Portugal no Senegal, inspirada pela pandemia de covid-19.
Sem
representação diplomática ou consular nestes países, os cidadãos portugueses
residentes na Costa do Marfim, Libéria, Gâmbia, Serra Leoa, Burquina Faso e
Guiné-Conacri dependem dos serviços da Embaixada de Portugal em Dacar, no
Senegal.
“A
disponibilização do teleatendimento consular foi uma medida que, inspirada na
digitalização que tem marcado a situação pandémica, permitiu uma adaptação e a
utilização de novas tecnologias para o esclarecimento de dúvidas consulares”,
disse, em declarações à agência Lusa, o embaixador de Portugal em Dacar, Vítor
Sereno.
“Antes
restritos ao uso de telefone ou e-mail, os utentes podem agora ter esse
esclarecimento agendado por videoconferência”, acrescentou.
As
primeiras sessões de teleatendimento consular (TAC)decorreram a 28 de Setembro
mediante marcação prévia.
“O
objectivo é estabelecer mais um canal, directo e complementar, de comunicação
cara a cara com os serviços consulares da Embaixada de Portugal em Dacar”,
explicou o embaixador.
O
diplomata elogiou “a extraordinária resiliência” e “grande sentido de
entreajuda” dos portugueses que vivem nesses países durante os estados de
emergência sanitária na sub-região, adiantando que as reacções das comunidades
ao novo serviço têm sido “muito positivas”.
Além
da situação da pandemia, Costa do Marfim e Guiné-Conacri estão a atravessar
períodos de crescente tensão política, com o aumento da contestação nas ruas a
semanas das eleições presidenciais de Outubro nos dois países.
Vítor
Sereno adiantou que a representação portuguesa em Dacar está a acompanhar
diariamente os desenvolvimentos políticos e a situação no terreno.
“Para
isso, aproveitámos a nomeação, durante o início do contexto pandémico, de
representantes especiais da embaixada nas outras seis capitais que cobrimos –
membros comunitários de destaque, com números de telefone e contactos locais –
no sentido de termos um ponto focal mais próximo das nossas comunidades, com quem
nos mantemos permanentemente em contacto”, disse. In “O Século
de Joanesburgo” – África do Sul
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