O novo chefe de Agrupamento do Grupo de Escuteiros Lusófonos de Macau (GELMac) disse ao Jornal Tribuna de Macau que um dos objectivos para este ano é alargar o grupo, chegando a crianças e jovens da comunidade lusófona, mas também da comunidade chinesa. Atrair mais colaboradores e diversificar o plano de actividades são outras das ideias da nova direcção. O novo ano escutista terá início no sábado, com actividades junto às Casa-Museu da Taipa
Um
dos “grandes” objectivos da nova Direcção do Grupo de Escuteiros Lusófonos de
Macau (GELMac) para este ano escutista, que terá início no próximo sábado, é
atrair, por um lado, mais jovens e crianças, e, por outro, colaboradores
adultos. O chefe de Agrupamento para os próximos dois anos disse ao Jornal Tribuna
de Macau que pretendem atrair crianças e jovens dos países lusófonos e da
comunidade chinesa.
“Nestes
últimos dois ou três anos tivemos na grande maioria crianças portuguesas,
sobretudo da Escola Portuguesa (EPM). Estamos a fazer promoção no sentido de
atrair mais elementos da comunidade lusófona, não só portugueses, mas estamos a
contactar as associações do Brasil, Cabo Verde, Moçambique. Por outro lado,
também estamos a falar com escolas luso-chinesas”, revelou Nelson António a
este jornal.
O mesmo
responsável disse que o GELMac já recebeu algumas inscrições por parte de
crianças da comunidade chinesa – que estudam na EPM, em escolas luso-chinesas
ou que simplesmente têm interesse em conhecer a língua e a cultura -, porém,
não adiantou números concretos.
Nelson
António acredita que o facto de falarem uma língua diferente não constituirá
uma barreira. “As crianças quando estão a brincar quase não dão atenção à
língua. Para nós o mais importante é que venham para o grupo, participem e
aprendam connosco. Claro que se uma criança não dominar o português teremos
flexibilidade para utilizar um bocadinho de inglês, mas queremos deixar bem
vinculado que a língua dominante será o português”, sublinhou.
Antes
de estalar a pandemia no território, o GELMac era composto por 30 elementos,
dos quais alguns foram estudar para fora, por exemplo. Este ano, segundo disse,
deverá rondar entre os 30 e 40 elementos. “Julgo que a promoção está a correr
bastante bem, temos recebido várias chamadas e contactos de muitas pessoas que
mostram interesse e estamos com uma expectativa muito positiva do grupo crescer
neste ano”, observou.
A
aposta nos colaboradores adultos é também indispensável na perspectiva de
Nelson António, uma vez que os recursos humanos têm sido escassos, o que teve
“alguma repercussão na qualidade e quantidade de actividades”. “Já temos agora
caras novas, alguns elementos que vão colaborar connosco. Vamos a ver se é
realmente para ficarem ou não”, disse. Devido à pandemia, houve uma “baixa
grande” no pessoal, com três elementos a ficarem retidos nos países de origem.
Neste momento há entre oito a 10.
Outro
dos objectivos prende-se com o aumento de parcerias com outras entidades:
“Queremos colaborar mais, por exemplo, com a Casa de Portugal, com quem já
temos algumas colaborações pontuais; com o Consulado, com a própria Associação
dos Escoteiros de Macau”.
A
actividade inaugural deste ano escutista terá lugar no jardim em frente às
Casas-Museu da Taipa, no sábado, entre as 10:00 e as 13:00. Além da recepção
aos escuteiros que já integram o grupo, estarão abertas as inscrições para
novos elementos dos 6 aos 22 anos, bem como para colaboradores adultos. Além da
inscrição e apresentação de novos elementos, serão organizados jogos para
“convívio de todos”.
Plano de actividades “mais diversificado”
Depois
da paragem devido à COVID-19, a nova Direcção do GELMac propõe agora um plano
de actividades “mais diversificado e atractivo, abarcando todas as áreas de
desenvolvimento (físico, afectivo, carácter, espiritual, intelectual e social”,
refere um comunicado.
Neste
sentido, em Outubro haverá uma actividade de limpeza e decoração da sede e
preparação do acampamento, que acontece na Casa Ricci, a 31 deste mês e se
prolonga a 1 e 2 de Novembro. No próximo mês haverá também uma actividade de
“paddle” na praia de Hác-Sá e um workshop de cozinha. Já em Dezembro, decorrerá
uma actividade de Banco Alimentar, Cerimónia de Promessas e uma festa de Natal.
O
próximo ano começa com uma limpeza do ambiente e um piquenique, seguida de um
intercâmbio com a Associação de Escoteiros de Macau, actividades de slides e
obstáculos, e ainda um diálogo inter-religioso. Haverá ainda, entre outros, um
workshop de Dança do Leão/Dragão e um acantonamento (em Fevereiro) e uma
actividade de aprendizagem sobre fauna e flora, na Granja do Óscar, e um acampamento
(em Março).
Em
Abril, segue-se a participação na Procissão do Senhor dos Passos, uma
actividade de caça ao tesouro e uma sobre o Dia da Terra. Haverá, no mês
seguinte, novo acampamento, participação na Participação na Procissão de Nossa
Senhora de Fátima e celebração do aniversário do GELMac. Para o mês de Maio
estão também planeadas uma visita à “Kadoorie Farm” e uma actividade de
sobrevivência em Hong Kong, assim como uma actividade de canoagem/Barcos de
Dragão.
Para
Junho estão programados um retiro espiritual e um workshop de primeiros
socorros, a participação no içar da bandeira no dia 10 de Junho, no Consulado
de Portugal, uma subida ao Monte Kota Kinabalu na Malásia e a participação na
Festa de S. João Baptista, padroeiro do GELMac. O plano de actividades pode
sofrer alterações em função das circunstâncias. Catarina Pereira – Macau in “Jornal
Tribuna de Macau”
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