A partir de hoje, todos os visitantes de Macau provenientes de Qingdao são obrigados a observação médica de 14 dias nos hotéis designados devido aos casos recentes de Covid-19 na cidade da província de Shandong. As autoridades vão também seguir com atenção os quadros clínicos dos turistas de Qingdao que entraram em Macau nos últimos dias
Todos
os visitantes de Macau provenientes da cidade de Qingdao vão ser sujeitos a
observação médica de duas semanas antes de poderem entrar no território,
anunciaram ontem os Serviços de Saúde em conferência de imprensa de
actualização dos números do novo tipo de coronavírus. A decisão das autoridades
foi justificada pelos recentes casos de infecção por Covid-19 identificados na
cidade da província de Shandong.
“A
partir das 00h00 do dia 13 de Outubro, todos os visitantes que estiveram na cidade
de Qingdao nos últimos 14 dias têm de fazer observação médica nos hotéis
designados antes de entrarem em Macau. Em relação às pessoas que estão em Macau
e que estiveram na cidade de Qingdao nos últimos 14 dias vamos fazer um
acompanhamento do seu estado de saúde”, começou por dizer Leong Iek Hou,
coordenadora do Centro de Doenças Infecciosas em conferência de imprensa.
Para
além disso, a representante dos Serviços de Saúde afirmou que os residentes de
Macau “devem evitar” visitas a Qingdao nos próximos tempos, pelo menos enquanto
a situação epidémica na cidade não ficar normalizada.
Já
Lo Iek Long, médico adjunto da Direcção do Centro Hospitalar do Conde São
Januário, disse que os Serviços de Saúde podem fazer ajustamentos às medidas de
controlo e prevenção devido aos novos focos de infecção, como no caso de
Qingdao. “Segundo a análise epidémica, se calhar vamos ter mais uma onda de
contaminações, e com a situação epidémica a agravar-se noutros países
precisamos de ter uma atitude mais rigorosa. Temos de verificar a realidade de
Macau para ajustamentos das nossas políticas, não podemos manter inalteradas as
medidas que temos por um período muito longo porque de repente houve mais uma
onda de contaminação em Qingdao. Iniciámos os nossos projectos para uma
prevenção epidémica ao mesmo tempo que fomos alargando essas medidas. Vamos ter
uma atitude mais rigorosa perante o risco de novas infecções. Temos planos para
implementar em hospitais ou teatros, por exemplo, mas estamos preparados para
essa situação”, referiu Lo Iek Long, acrescentando que as autoridades de saúde
vão analisar eventuais mudanças com os dados da Semana Dourada.
“Precisamos
de acompanhar com os dados obtidos na semana passada e fazer uma análise
profunda para saber se é possível haver uma isenção de testes de ácido nucleico
nas cidades da Grande Baía. Tudo o que tenha a ver com as nossas medidas de
saúde tem de ser bem avaliado, se calhar vamos prolongar o prazo de validade
dos teste de ácido nucleico e manter a restrição de pessoas estrangeiras, por
exemplo”, referiu Lo Iek Long sobre a possibilidade de haver uma isenção de
testes de ácido nucleico nas cidades da Grande Baía.
Sobre
o número de residentes de Macau que estão em Qingdao, as autoridades disseram
que ainda não há dados para divulgar.
Macau
está há 197 dias consecutivos sem casos de infecção local registados e há 108
dias consecutivos sem casos importados, assinalou Lo Iek Long. De acordo com os
dados apresentados por Leong Iek Hou, 1.025 pessoas cumpriram ontem quarentena
nos hotéis designados pelo Governo, sendo que há ainda um total de 868 pessoas
em observação médica, 560 turistas, 275 residentes de Macau e 33 trabalhadores
não-residentes do interior da China. Eduardo Santiago – Macau in “Ponto Final”
eduardosantiago.pontofinal@gmail.com
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