O Governo português anunciou esta quinta-feira a criação de um consulado honorário em Malaca, Malásia, onde existe um legado patrimonial e imaterial desde a chegada de Afonso de Albuquerque, em 1511
O
anunciou foi feito em Diário da República, em que se detalha que “é criado o
Consulado Honorário de Portugal em Malaca, dependente da Secção Consular da
Embaixada de Portugal em Banguecoque e com jurisdição sobre o estado de
Malaca”.
Há
pouco mais de um ano, em junho de 2019, à margem da 2.ª Conferência das
Comunidades Portuguesas na Ásia, o então secretário de Estado das Comunidades
Portuguesas, José Luís Carneiro, afirmara à Lusa que o Governo português
pretendia abrir um consulado honorário na cidade que tem um bairro português,
onde se calcula que vivam cerca de mil a dois mil lusodescendentes em mais de
110 casas.
A
relação de Portugal com Malaca remonta a 1509 quando Diogo Lopes Sequeira,
enviado do Rei D. Manuel, aportou em Malaca para estabelecer relações com o
soberano local e dois anos mais tarde Afonso de Albuquerque desembarcou em
Malaca, demoliu a Grande Mesquita, e levantou no local uma fortaleza que seria
um importante entreposto comercial.
Na
mesma altura, surge o crioulo de matriz portuguesa kristang, uma língua agora
ameaçada de extinção, que emprega a maior parte do seu vocabulário do
português, mas a sua estrutura gramatical é semelhante ao malaio e extrai as
suas influências dos dialetos chinês e indiano.
Depois
de 100 anos de domínio português, a cidade foi tomada pelos holandeses, depois
pelos ingleses, até à independência da Malásia, em 1957. In “Bom dia
Europa” - Luxemburgo
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