Mindelo
– O parque solar de São Vicente, de 5 mega watts, a construir em Salamansa, tem
já “várias empresas interessadas” e até o final do ano, aquelas que
manifestaram interesse e já foram seleccionadas, vão apresentar propostas para
selecção.
A
afirmação é do ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro,
no decorrer de uma visita a um conjunto de empresas de São Vicente, com a
componente energias renováveis e a preparação das indústrias em relação ao
futuro pós-covid-19 em cima da mesa.
Alexandre
Monteiro considerou que o futuro parque solar de São Vicente vai ser uma
infra-estrutura “importante”, não só para São Vicente como para Cabo Verde,
pois vai ajudar o País a alcançar “a máxima penetração de energias renováveis
possível”.
O
ministro lembrou que São Vicente já tem, hoje, uma taxa de mais de 30% de
energia renovável produzida, nomeadamente eólica, mas que no futuro espera-se
uma contribuição mais elevada e, desta forma, contribuir para o País alcançar
os 50%, que é a ambição para 2030.
Das
visitas que realizou hoje a empresas como a têxtil Verde Veste, a conserveira
Frescomar e a Sociave (abate de aves), o titular das pastas da Indústria,
Comércio e Energia disse ter constatado apostas em novos mercados, o que é
“muito importante”, nomeadamente o mercado africano.
“Mas
também apostas na eficiência energética, sobretudo na utilização de energias
renováveis, que não só permitem energia mais barata, como energia saudável para
o ambiente, e ainda apostas na digitalização”, concretizou.
O
ministro manifestou, por isso, satisfação porque se trata de eixos que
contribuem para aquilo que o Governo ambiciona para o futuro, que é ter as
indústrias integradas nas cadeias de valor a nível regional e global, ou seja,
precisou, indústrias “competitivas e inovadoras” e que contribuam para um
“crescimento sustentável” do País.
Alexandre
Monteiro exemplificou com a empresa Frescomar, que “já avançou” com
investimentos na área solar com eficiência energética, numa empresa em que,
continuou, a energia representa cerca de 30 por cento (%) do custo, pelo que a
aposta na eficiência energética é um “elemento essencial” para a sua
competitividade.
Da
mesma forma, sublinhou, a empresa de conserva de pescado busca, por outro lado,
a diversificação do mercado e aposta no mercado da CEDEAO, que já se encontra
no processo de acreditação.
Por
outro lado, a mesma fonte avançou que há um conjunto de processos em curso e
que o compromisso do Governo vai no sentido de trabalhar com empresas e
associações empresariais para melhorar a capacidade do País de penetração
nesses mercados.
“Não
só a parte institucional, como também ver as questões logísticas, que são
importantes para a sua operacionalização”, sintetizou o ministro da Indústria,
Comércio e Energia. In “Inforpress” – Cabo Verde
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