As
paredes exteriores da Escola Leng Nam foram sujeitas a trabalhos de reparação
que conciliaram materiais originais e técnicas tradicionais, numa acção
promovida pelo Instituto Cultural para proteger o edifício de interesse
arquitectónico
O Instituto Cultural (IC)
concluiu com sucesso os trabalhos de reparação das paredes exteriores da Escola
Leng Nam, instalando um sistema de monitorização, prevenção e tratamento de
formiga branca por forma a proteger de modo “mais efectivo” aquele imóvel que
foi construído em 1921 e integra a lista de edifícios de interesse
arquitectónico.
Originalmente denominado como
Vila Alegre, o edifício, que apresenta um estilo clássico e design ecléctico, chegou
a ser uma das três grandes residências privadas da Colina da Guia,
destacando-se nessa zona da cidade há quase um século, sublinhou o IC, em
comunicado. No entanto, nos últimos anos, as paredes exteriores começaram a
escamar, surgiram fendas e multiplicou-se o número de formigas brancas no interior
das salas, representando um risco de segurança.
Iniciados no período das
férias de Verão, os trabalhos de reparação foram levados a cabo pelo IC com “materiais
originais e técnicas tradicionais, a fim de salvaguardar com o maior rigor a
autenticidade do edifício, restaurando os seus delicados detalhes ornamentais e
reforçando a prevenção e tratamento de formiga branca”.
Numa primeira fase, a equipa
do organismo verificou em detalhe o estado das paredes exteriores, “utilizando novos
materiais por forma a eliminar os erros do passado revelados por essa análise,
como má ventilação, grãos de cimento e tinta de látex com efeitos nocivos à
preservação dos tijolos das paredes exteriores”. Posteriormente, foram reparadas
as paredes exteriores, tendo em conta o desenho e materiais originais e
utilizando areia cinzenta, para garantir a ventilação, e tintas minerais que permitirão
a manutenção estável da cor.
Além disso, as decorações em
barro nas paredes, que sofreram com a erosão provocada pela chuva e pelo vento,
foram reparadas com o recurso a matérias-primas e técnicas tradicionais. Além
disso, o IC reforçou as decorações cuja aparência ainda não foi afectada,
através de materiais compatíveis com boa permeabilidade e aderência.
O organismo salienta que, além
da cooperação activa de equipas de engenharia, estes trabalhos contaram com o
apoio activo da escola. In “Jornal Tribuna de Macau”
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