Portugal vai enviar um Navio
de Patrulha Oceânico (NPO) para o Golfo da Guiné, que se vai juntar à fragata
Bartolomeu Dias que zarpou para a região no final do mês de Fevereiro. A
proposta recebeu esta quinta-feira, 12 de março de 2015, parecer favorável do
Conselho Superior de Defesa e assume particular relevância dado o âmbito da
missão.
Tal como a Bartolomeu Dias,
o navio patrulha vai participar nos exercícios militares que a Marinha dos EUA
tem promovido em África com a participação de forças de países europeus e de
países africanos. Está prevista para Abril a partida deste navio. O Estado Maior
das Forças Armadas descreveu como objectivo principal destes exercícios o
“fortalecimento de parcerias marítimas globais através de actividades de
formação e de colaboração para melhoraria da segurança marítima nas regiões do
Golfo da Guiné e da costa ocidental africana”.
Actualmente, estão
empenhados nesses exercícios 172 militares portugueses, que fazem parte da
guarnição da fragata. Com a chegada do navio patrulha, o efectivo português
nesses exercícios atingirá os 210 militares.
Há algumas semanas, o
embaixador norte-americano em Portugal, Robert Sherman, defendeu a criação em
Lisboa de um Centro de Segurança Marítima “com liderança portuguesa” por
entender que “os portugueses têm mais conhecimento técnico nessa área que nós”.
O Golfo da Guiné tornou-se uma preocupação para o Ocidente quando a
instabilidade regional juntou casos de pirataria aos problemas relacionados com
o tráfico de drogas e o crime organizado.
Mas o reforço da presença
militar portuguesa em África não se esgota nos meios da Marinha. O conselho
Superior deu também o seu aval ao envio de oito militares para a missão da
União Europeia na República Centro-Africana. Actualmente, Portugal tem 50
militares e um avião de transporte C-295 no Mali, no âmbito de uma missão das
Nações Unidas. A que há a acrescentar outros nove que fazem parte da missão de
treino militar promovida pela União Europeia.
A República Centro-Africana
é palco de violências interreligiosas desde que o presidente François Bozizé
foi afastado do poder, em Março de 2013, por uma coligação predominantemente
muçulmana, a Séléka. A reunião avaliou também a "situação das Forças
Nacionais actualmente destacadas em diversos países da Europa, Médio Oriente e
África, cumprindo missões de apoio à paz e de carácter humanitário, no âmbito
da União Europeia, da ONU e da Aliança Atlântica". In “Defesanet”
- Brasil
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