Macau
vai inaugurar, a 1 de abril de 2015, um portal eletrónico para os três centros
de cooperação económica e comercial entre a China e a lusofonia que estão a ser
criados na Região, mas ainda sem data de abertura definida.
A nova coordenadora do
Gabinete de Apoio ao Secretariado Permanente do Fórum Macau, Echo Chan,
anunciou, na quarta-feira, que o primeiro passo no sentido da criação na Região
de três centros para a cooperação sino-lusófona vai ser dado já a 1 de abril com
o lançamento de um portal eletrónico.
“A 1 de abril vamos ter a
cerimónia de inauguração do portal conjuntamente com o IPIM (Instituto de
Promoção do Comércio e do Investimento de Macau)”, afirmou após a tomada de
posse, na presença do secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong.
Ao salientar que a prioridade do Gabinete de
Apoio e do Secretariado Permanente do Fórum é a implementação das oito medidas
do plano de ação 2014-2016, entre as quais a criação desses centros, a
responsável garantiu que, durante a sua comissão de serviço de um ano, vai
colaborar nesse sentido com o IPIM, onde exerceu funções nos últimos 23 anos.
Sem querer adiantar pormenores sobre o
conteúdo e funções do novo portal, Echo Chan referiu apenas que haverá uma
aposta na promoção de Macau enquanto centro de formação de quadros bilingues.
“Macau tem uma caraterística
única que é o facto de ter quadros bilingues e o chinês e português enquanto
línguas oficiais, o que permite desenvolver esta plataforma entre a China e os
países de língua portuguesa e pretendemos tirar partido desta característica”,
apontou, referindo que “existem na Região várias entidades que oferecem cursos”
bilingues.
Em 2013, durante a conferência ministerial do
Fórum Macau, foi anunciada a criação no território de um centro de serviços
comerciais para as pequenas e médias empresas dos países lusófonos, um centro
de distribuição de produtos alimentares dos países de língua portuguesa e um
centro de convenções e exposições para a cooperação económica e comercial entre
a China e a lusofonia, que contam com o apoio do Governo chinês. A abertura dos
três centros “vai avançar de acordo com o plano”, segundo Echo Chan, mas a data
será “anunciada mais tarde”.
“A China definiu Macau como
a plataforma entre a China e os países de língua portuguesa porque, além da sua
situação geográfica, tem elementos históricos que podem ajudar ao investimento
bilateral pelos empresários chineses e lusófonos”, constatou a responsável.
A nova coordenadora adiantou também que, no
dia 31, o Secretariado Permanente do Fórum Macau vai realizar a sua reunião
ordinária na Região e organizar um colóquio de formação de quadros lusófonos.
“No futuro vamos realizar
mais colóquios e intercâmbios para os empresários, mais atividades culturais,
vamos continuar a organizar delegações empresariais à China e aos países de
língua portuguesa e queremos promover mais junto dos empresários as vantagens
que o papel de Macau enquanto plataforma oferece ao desenvolvimento dos seus
negócios”, disse.
O objetivo, acrescentou, é contribuir para um
melhor conhecimento dos empresários chineses e lusófonos do ambiente de negócio
dos seus países e facilitar investimentos através de Macau. “Pretendemos que os
empresários possam utilizar a plataforma de Macau e entrar, assim, no mercado
chinês e lusófono”.
Rita Santos, a antecessora
de Echo Chan, “deu um importante contributo para a cooperação económica e
comercial entre a China e os países de língua portuguesa”, afirmou a nova
coordenadora, que espera “desenvolver ainda mais a relação entre a China e os
países de língua portuguesa e o envolvimento dos empresários de Macau”. In “Plataforma
Macau” - Macau
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