Morreu no passado domingo,
01 de março de 2015, em sua casa, em Lisboa, Amadeu Ferreira, aos 64 anos de
idade. Poeta, jurista e professor universitário, foi um conhecido escritor em
língua mirandesa, variedade do asturo-leonês. Trabalhou intensamente para que
fosse reconhecida como a segunda língua oficial de Portugal no território de
Miranda-do-Douro, onde atualmente é ministrada às crianças.
Amadeu Ferreira nasceu a 29
de julho de 1950 em Sendim, Miranda do Douro. Era presidente da Associaçon de
Lhéngua i Cultura Mirandesa (ALCM), presidente da Academia de Letras de
Trás-os-Montes, vice-presidente da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários
(CMVM), professor convidado da Faculdade de Direito da Universidade Nova de
Lisboa, membro do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Bragança e, desde
2004, comendador da Ordem do Mérito da República Portuguesa. Como escritor em
mirandês utilizava diferentes pseudónimos como Fracisco Niebro, Marcus Miranda
e Fonso Roixo.
Colaborou na criação da Convenção Ortográfica da Língua
Mirandesa, promovida pela Câmara Municipal de Miranda do
Douro e o Centro de Linguística da Universidade de Lisboa. Elaborada de forma
independente aos critérios utilizados por outras entidades da mesma área
linguística, foi publicada em 1999. Este documento constituiu um passo
fundamental para a estabilidade da sua escrita e o posterior reconhecimento do
seu caráter oficial, junto do português.
Autor de uma vasta obra em
português e mirandês, Amadeu Ferreira traduziu para a língua mirandesa obras
como “Os Quatro Evangelhos”, e “Os Lusíadas”. A Faculdade de Direito da
Universidade Nova de Lisboa acolherá, quinta-feira 4 de março, o lançamento da
sua biografia e o seu mais recente livro, “Belheç / Velhice”. In “Portal
Galego da Língua” - Galiza
A seguir reproduzimos a nota
de imprensa original que informa em mirandês:
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