Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 7 de maio de 2025

Nações Unidas - Índice de Desenvolvimento Humano, relatório de 2025

O ranking de Desenvolvimento Humano, divulgado nesta terça-feira, revela que as nações de língua portuguesa melhoraram em expectativa de vida, mas não em anos de escolaridade, em nível global, desigualdades entre os países ricos e pobres aumentaram pelo quarto ano consecutivo



O relatório sobre Índice de Desenvolvimento Humano, IDH, deste ano, indica uma melhoria nos indicadores de todas as nações de língua portuguesa.

A expectativa de vida aumentou para todos os países lusófonos no mundo. O documento foi divulgado nesta terça-feira.

Situação nos países de língua portuguesa

O relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, PNUD, tem como base dados de 2023 e analisa expectativa de vida ao nascer, anos de escolaridade e rendimento médio por pessoa.

Em comparação a 2022, todos os países de língua portuguesa tiveram melhora na expectativa de vida, o que sinaliza avanço na oferta de serviços de saúde.

Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal também avançaram no rendimento per capita. Já a Guiné Equatorial, Angola, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste apresentaram queda.

Em relação aos anos de escolaridade, todos os países de língua portuguesa permaneceram estagnados nos mesmos patamares de 2022.

Portugal lidera grupo na 40ª posição do ranking

Portugal é considerado um país de desenvolvimento humano “muito alto”, ocupando a posição 40. O Brasil está na categoria “alto”, na posição 84. Guiné Equatorial, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Angola estão no nível “médio”, nas posições 133, 135, 141, 142 e 148, respectivamente.

Já a Guiné-Bissau e Moçambique figuram na faixa do desenvolvimento “baixo”, nas posições 174 e 182.

Desigualdades entre países aumentam pelo quarto ano seguido

Os cinco países mais bem colocados no ranking do IDH são: Islândia, Noruega, Suíça, Dinamarca e Alemanha.

O estudo do PNUD que acompanha o levantamento indica que que as desigualdades entre países ricos e pobres aumentaram pelo quarto ano consecutivo.

Os autores afirmam que pressões globais, como o aumento das tensões comerciais e o agravamento da crise da dívida, que limitam a capacidade dos governos de investir em serviços de saúde e educação, estão a estreitar os caminhos tradicionais para o desenvolvimento.

Um período de “crises excepcionais” nos anos recentes, como a pandemia da Covid-19, também contribuiu para estagnar o progresso em todas as regiões do mundo.

Para o líder do PNUD, Achim Steiner, se o desenvolvimento humano continuar neste ritmo lento o mundo pode tornar-se “menos seguro, mais dividido e mais vulnerável a choques económicos e ecológicos”. ONU News – Nações Unidas


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