Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 21 de maio de 2025

Estados Unidos da América - ‘Magna Carta’ que pertence à Universidade de Harvard é original, dizem peritos britânicos

Um exemplar da Magna Carta, documento medieval inglês fundador da democracia e do direito constitucional modernos, que pertence à Universidade de Harvard e era considerado uma cópia, é um dos poucos originais restantes, anunciaram investigadores britânicos.



Segundo especialistas das universidades King’s College London e East Anglia, o documento, adquirido pela instituição americana há quase oito décadas, é um dos sete originais remanescentes de 1300, com o selo de Edward I.

A Magna Carta, assinada pela primeira vez em 1215 pelo rei da Inglaterra João Sem-Terra, garantia os direitos feudais e estabelecia medidas para proteger as liberdades individuais.

O documento foi redigido pelo arcebispo de Canterbury, Stephen Langton, com o objectivo de que o monarca inglês fizesse as pazes com um grupo de barões rebeldes. Nenhum dos lados cumpriu os seus compromissos e a carta foi anulada pelo Papa Inocêncio III.

O Rei Edward I, neto de João Sem-Terra, promulgou posteriormente uma versão final do documento, com algumas emendas, conhecida como Confirmação das Cartas, em 1300.

Ao longo dos séculos, tornou-se um símbolo do direito contra o poder arbitrário e inspirou os instigadores da independência americana no final do século XVIII.

Em 1946, a biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade de Harvard comprou o que pensou ser uma cópia pelo equivalente a 470 dólares norte-americanos.

No entanto, os investigadores notaram que as suas dimensões correspondiam às dos seis originais conhecidos, assim como a caligrafia, com a inicial “E” maiúscula, de “Edwardus”, e as letras alongadas na primeira linha.

“É uma descoberta fantástica”, disse David Carpenter, professor de História Medieval no King’s College London.

“A Magna Carta de Harvard merece ser reconhecida, não como uma simples cópia manchada e desbotada, mas como o original de um dos documentos mais importantes da história constitucional mundial, uma pedra angular das liberdades passadas, presentes e a serem conquistadas”, destacou David Carpenter.

Uma notícia histórica para uma icónica universidade norte-americana que ultimamente tem sido alvo de perseguição académica-financeira por parte da nova administração Trump. Na semana passada, a Universidade de Harvard indicou que vai aplicar de 250 milhões de dólares de fundos próprios em investigação, para compensar cortes de financiamento público pelo executivo de Donald Trump, mas alertou para “sacrifícios” necessários nos próximos tempos.

Um grupo de trabalho federal sobre anti-semitismo anunciou, numa carta enviada à direcção de Harvard, um corte dos financiamentos de oito agências federais, no valor de 450 milhões de dólares, que se somam a 2,2 mil milhões de dólares anteriormente congelados pelo executivo. Harvard interpôs uma acção judicial contra várias sanções impostas pela administração Trump nas últimas semanas. In “Jornal Tribuna de Macau” – Macau com “Agências Internacionais”


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