O
Presidente timorense, José Ramos-Horta, propôs a criação de uma universidade
conjunta entre Timor-Leste e a província indonésia de Nusa Tenggara Timur
(NTT), que inclui a parte ocidental da ilha de Timor.
“Hoje
aproveito a oportunidade para publicamente propor uma nova era de cooperação
entre Timor-Leste, a Indonésia, em geral, e a província de NTT, em particular.
Proponho a criação de uma universidade técnica de alta qualidade que atravessa
a nossa fronteira terrestre comum, um campus universitário com faculdades,
edifícios e equipamentos, partilhados, geridos por ambos os nossos países em
ambos lados da fronteira”, afirmou Ramos-Horta.
O
chefe de Estado discursava na cerimónia para assinalar o 23.º aniversário da
restauração da independência, que decorreu no Palácio da Presidência, em Díli,
e contou com a participação dos membros do Governo, parlamento e corpo
diplomático, entre outros. Presentes estiveram também um representante do
general Agus Subiyanto, chefe das Forças Armadas da Indonésia e o
brigadeiro-general João Xavier Barreto Nunes, comandante regional das Forças
Armadas da Indonésia para a Região Oriental.
Defendendo
o reforço dos laços históricos, familiares, culturais, sociais e económicos com
a NTT, o Presidente salientou que a universidade, em língua inglesa (língua
oficial da Associação das Nações do Sudeste Asiático) seria vocacionada para as
ciências e tecnologia, agricultura, gestão de recursos hídricos, energias
renováveis, ambiente e empreendedorismo.
“Uma
universidade que poderíamos chamar ‘Timor Island International University’
[Universidade Internacional da Ilha de Timor], cofinanciada pelos governos
timorense e indonésio, com a participação de universidades selecionadas em
ambos os países, e apoiadas por parceiros estrangeiras que queiram associar-se
a este projecto”, disse José Ramos-Horta.
Na
intervenção, o chefe de Estado timorense pediu também para se avançar para uma
“nova era” simplificada e digitalizada, com a eliminação das barreiras que
“impedem ou atrasam o desenvolvimento”.
“Eliminação
de qualquer tipo de barreiras e obstáculos, de ordem comercial, legal,
administrativo e institucional, ao intercâmbio cultural, ao estabelecimento de
negócios, à criação de indústrias e ao movimento de cidadãos, em especial
trabalhadores e estudantes”, salientou. O Presidente pediu também às
autoridades indonésias a emissão automática de vistos a estudantes
correspondendo ao período do ciclo de estudos, em vez da obrigatoriedade anual
de renovação de visto. In “Ponto Final” - Macau
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