A SJM inaugurou um novo espaço artístico no Grand Lisboa Palace esta quinta-feira, com uma cerimónia onde participaram vários convidados dos sectores da arte, cultura, turismo e política. A primeira exposição “The Lisboa, Stories of Macau” homenageia os mais de 500 anos de intercâmbio cultural em Macau com oito zonas temáticas de jogos interactivos, testemunhos de residentes e experiências imersivas de inteligência artificial. A entrada é livre
A primeira galeria de arte do Grand Lisboa Palace abriu ao público na passada quinta-feira, 8 de Maio, com a exposição inaugural “The Lisboa, Stories of Macau”, centrada nos mais de 500 anos de evolução e multiculturalidade do território. O evento contou com a presença de várias personalidades relevantes dos panoramas político, cultural e artístico de Macau e do interior da China, incluindo o primeiro Chefe do Executivo da RAEM, Edmund Ho, e o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Alexandre Leitão.
O novo espaço criativo da SJM assume-se como uma celebração da expressão artística contemporânea em todas as suas formas, desde a colecção de artefactos históricos à criação de experiências interactivas com recurso a tecnologia de ponta. O objectivo, reconhece a directora da SJM, é impulsionar a cena artística de Macau e contribuir para a promoção da cultura local entre os milhões de turistas que todos os meses entram no território.
“Através da exposição inaugural ‘The Lisboa, Stories of Macau’, criámos uma plataforma cultural inclusiva que alimenta o ‘soft power’ de Macau e fortalece a conexão do público ao património da cidade, contando a história de Macau através das nossas vozes”, afirma Daisy Ho, citada em comunicado de imprensa. “A galeria reúne também talentos criativos autóctones, para promover desenvolvimentos diversificados e de alta qualidade na paisagem cultural criativa”.
O primeiro ponto de atracção do espaço, localizado no segundo piso, serve como homenagem ao mosaico diversificado de Macau, uma região alimentada por influências orientais e ocidentais desde as dinastias Ming e Qing. Os visitantes são convidados a entrar numa sala circular e a admirar um filme panorâmico de cinco minutos onde é narrada a trajectória de Macau, percorrendo as origens como porto comercial chinês, a influência da administração portuguesa e, por fim, o regresso à pátria.
Já dentro da exposição, existem oito zonas temáticas debruçadas sobre diferentes pontos de interesse em Macau: o Templo de Kun Iam (um dos templos budistas mais antigos da região); o Hotel Lisboa Macau (que “captura a era dourada” de Macau, lê-se na nota de imprensa da SJM); o Teatro Dom Pedro V (como símbolo da fusão entre a arte chinesa e a ocidental); a praça do Tap Seac (representando a vida comunitária); as Ruínas de São Paulo (um dos ícones históricos mais relevantes do território); o Casa Garden (prova dos intercâmbios culturais da cidade); o Templo A-Má (monumento mais antigo do que a própria cidade, incluído na lista do Património Mundial da Humanidade da UNESCO); e, por fim, a Avenida de Almeida Ribeiro (ou “San Ma Lou”, uma das áreas de maior afluência em Macau).
Cada uma destas zonas apresenta as suas próprias narrativas específicas, incluindo relatos de cidadãos macaenses de diferentes origens e profissões. Os visitantes são convidados a integrar a exposição através de tecnologias interactivas sensíveis ao movimento e à voz, criando uma experiência sensorial imersiva em que é até possível “dialogar” com figuras histórias através de inteligência artificial.
Dentro da galeria do Grande Lisboa Palace, há ainda um espaço menor – o “The Lisboa Collection” – onde serão apresentadas diversas exposições temáticas temporárias, começando pela actual “Chinese Treasure: Qing Dynasty Court Art”. Tanto nesta exposição como na principal, a figura do dragão surge recorrentemente como símbolo milenar da identidade chinesa.
A galeria pode ser visitada todos os dias, das 11:00 às 19:00, na loja 213 do segundo piso do Grande Lisboa Palace. A entrada é livre. In “Ponto Final” - Macau
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