De janeiro a abril foram notificados mais de 157 mil
casos e 2148 mortes pela doença em 26 nações. África lidera o número de
infecções, seguida pelo leste do Mediterrâneo e o sudeste da Ásia. Angola é o
quarto país com mais casos da lista
O
número de surtos e casos de cólera está a aumentar no mundo. O alerta é da
Organização Mundial da Saúde, OMS. Em boletim da agência, que lista
notificações de 1 de janeiro a 27 de abril, foram registados 157.035 casos da infecção
que levaram a 2148 mortes em 26 países.
Angola
aparece em quarto lugar na compilação da OMS com um total de 15.844 casos. A nação de
língua portuguesa é antecedida pelo Sudão do Sul, Afeganistão e República
Democrática do Congo.
Desastres naturais e conflitos
A
África é o continente com a maior quantidade de notificações, seguido pelo
leste do Mediterrâneo e o sudeste da Ásia.
Somente
no mês passado, foram reportados à OMS um total de 37.147 casos de cólera e 561 mortes em 18
nações, um aumento de 5% se comparado aos números de março.
A
agência da ONU lembra que os estoques de vacinas orais contra o cólera estão
baixos. Atualmente com 3,6 milhões de doses, o estoque deveria conter pelo
menos 5 milhões em casos de emergência.
Dentre
os fatores para o aumento dos surtos de cólera estão deslocamentos em massa,
conflitos, desastres naturais como cheias e as consequências da alteração
climática.
Campanhas de prevenção
A
agência da ONU está a apostar numa resposta rápida e campanhas de prevenção
para conter a doença.
A
OMS lembra que parcerias podem ajudar a reforçar o combate como equipas médicas
de Portugal que foram para Angola apoiar o Ministério da Saúde do país. As autoridades
angolanas montaram um Centro de Tratamento de Cólera para melhor gerir as
infecções. A OMS também despachou equipas para apoiar ações de acesso a
soluções de reidratação nas comunidades angolanas e melhorar a qualidade do
tratamento. O material da campanha foi traduzido para o português.
Treino para 150 pessoas de governos e ONG
Somente
no mês passado, Angola notificou 6201 novos casos de cólera com 164 mortes. A
maior parte das infecções vem de Luanda, capital do país, e das províncias de
Bengo, Benguela e Cuanza Norte.
Ainda
de acordo com a agência da ONU, outros especialistas foram enviados para países
como Haiti, Quénia, Moçambique, Sudão, Sudão do Sul e outros para operar em
vigilância e epidemiologia além de outras áreas de apoio.
Uma
outra frente de combate são os programas de água, saneamento e higiene,
conhecidos como Wash, para evitar que a doença se espalhe.
No
fim de abril, a OMS na África realizou um webinar sobre o tratamento
descentralizado da cólera com mais de 150 representantes de Ministérios da
Saúde africanos e organizações parceiras em países afetados e com alta taxa de
risco. ONU News – Nações Unidas
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