Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Portugal – A escola “mais africana da Europa” situa-se no concelho da Amadora

Conhecida como a escola 'mais africana da Europa', a Dr. Azevedo Neves, situada na Damaia, concelho de Amadora, destaca-se pelas boas notas a Português, situação que enche de orgulho pais e responsáveis escolares

Inserida na localidade da Damaia, no concelho da Amadora, a escola Dr. Azevedo Neves é atualmente frequentada por 1407 alunos, a maioria proveniente de famílias carenciadas e de várias nacionalidades, nomeadamente cabo-verdiana, guineense (Guiné Bissau e Guiné Conacri), sul africana, brasileira, ucraniana, moldava, russa, romena e chinesa.

Em declarações à agência Lusa, Cátia, encarregada de educação de uma aluna do sexto ano, congratula-se pela multiculturalidade da escola (67% é originária de Países Oficiais de Língua Portuguesa) e pela união entre todos os alunos.

«Tenho muito orgulho nesta escola. É a mais africanizada, a mais crioula, mas vê-se aqui de tudo. Há brasileiros, cabo-verdianos, portugueses e é muito lindo ver como eles interagem entre si», aponta a cabo verdiana, residente em Portugal há 18 anos.

Para esta encarregada de educação, o ambiente vivido nesta escola e o «respeito pela diferença» ajudam a explicar o facto deste estabelecimento escolar ter estado entre os 10 melhores do país na disciplina de Português.

«Os professores zelam pela utilização do Português, respeitando que os alunos falem entre si a sua língua materna. Quando somos tratados com respeito e respeitam as nossas diferenças, é mais fácil darmos o nosso melhor», argumenta.

Por seu turno, o diretor do agrupamento de escolas Dr. Azevedo Neves, Bruno Santos, manifesta-se orgulhoso com o trabalho desenvolvido pela escola, realçando o «empenho de toda a comunidade escolar».

Bruno Santos sublinha que uma das razões que contribui para o sucesso escolar e profissional destes alunos é o facto de lhes permitir ter um contacto com a vida real.

«Temos vários projetos multiculturais e cursos profissionais, desde cozinha e pastelaria, restauração, multimédia e somos pioneiros em geriatria. É uma escola totalmente aberta à comunidade», atestou. In “Revista Port. Com” - Portugal

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