Um relatório da Human Rights Watch vem
denunciar as dificuldades que aproximadamente 1400 famílias moçambicanas enfrentam
para terem acesso a alimentos, água e trabalho, depois de terem sido realojadas
em terras áridas, longe de linhas de água e de mercados.
Estas famílias foram obrigadas a abandonar as
suas terras onde faziam cultivo de auto-suficiência, após o governo ter
concedido a empresas multinacionais a exploração de carvão na região.
Moçambique, um dos países mais pobres do
mundo necessita deste tipo de investimentos para ajudar o país a um maior
desenvolvimento e as concessões estabelecidas com as empresas internacionais
cobrem 34% da província de Tete, mais precisamente 3,4 milhões de hectares. As
previsões apontam para reservas de carvão num total de 23 mil milhões de
toneladas que estão praticamente inexploradas.
O relatório vem chamar a atenção para a
necessidade do governo moçambicano e as empresas que negociaram o acordo de
assegurarem que estas famílias tenham acesso a terras férteis para poderem
continuar a sua agricultura de subsistência e de meios compensatórios pelos
prejuízos que entretanto os afectaram. Baía
da Lusofonia
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