Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Ténis

Realizou-se mais uma vez no Centro Desportivo Nacional do Jamor o “Torneio ATP World Tour” Estoril Open que este ano de 2013 a organização promoveu para Portugal Open. Talvez a intenção tenha sido preservar o nome “Estoril” que sempre divulgou uma região de alta qualidade, ao contrário do nome “Portugal” que infelizmente nos últimos tempos, não tem aparecido na comunicação social internacional como um nome de sucesso, mas sim ligado à grave crise que atravessa.

Venho falar neste torneio, não pelos participantes presentes, ou por aqueles que na última hora se tornaram ausentes, nem pela organização que costuma já há muitos anos realizar este evento. Venho sim falar da qualidade do público que acorreu ao Jamor.

Este torneio de ténis teve a cobertura televisiva de uma cadeia internacional de televisão e foi triste, aliás muito triste, visionar um campo de ténis, praticamente vazio, que nem a final de singulares masculinos conseguiu inverter na totalidade, pois os lugares vagos eram muitos.

Para os atletas que por cá passaram e mais tarde forem visionar as imagens que deverão ter gravado, para corrigir erros técnicos, imprecisões, ou verificar algumas posições, ficarão estarrecidos (!), ao observarem que enquanto jogavam, os espectadores sentados nos camarotes vips, normalmente pertencentes às empresas que ainda patrocinam este torneio, estavam entretidos com o telemóvel, como qualquer jovem do secundário, ou um simples trabalhador deslocando-se num qualquer transporte colectivo do subúrbio, não acompanhando o esforço e dedicação dos atletas em confronto, apresentando apenas, desprezo, desrespeito.

Que imagem passou para o exterior do Portugal Open 2013? Certamente não terá sido aquela que todos desejavam! Se não forem atempadamente corrigidas certas situações, poderemos ter num futuro próximo, não um Portugal Open, não um Oeiras Open, principalmente depois das eleições autárquicas deste ano, mas sim uma ausência de torneio que ninguém deseja. Baía da Lusofonia

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