Na semana passada, ingloriamente, a Carris
começou, uma vez mais, a recuperar a pintura dos ascensores da Glória em Lisboa. Um fim
de semana bastou, para voltarem a estar como anteriormente, borrados, havendo
um grande desrespeito por estes famosos funiculares, classificados em 2002 como
Monumento Nacional.
Estes ascensores que ligam os Restauradores
ao Bairro Alto junto ao Jardim de São Pedro de Alcântara percorrem um trajecto
de 265 metros, transportando ao longo do ano milhares de passageiros,
principalmente turistas que ficam deslumbrados por estes veículos que foram
electrificados em 1915, estando próximos de alcançar o centenário.
Desde 24 de Outubro de 1885 que os
funiculares da Calçada da Glória fazem um constante sobe e desce, sendo o
sistema original de cremalheira e cabo por contrapeso de água, passando mais
tarde a ser por vapor. A construção coube ao engenheiro nortenho de origem
francesa Raoul Mesnier du Ponsard (1848 – 1914).
Infelizmente, os funiculares que foram
respeitados durante décadas, agora estão sujeitos a constantes maus tratos
realizados sempre pela calada da noite, quando não há ninguém a guardar os
veículos que ficam parados a meio da calçada.
Estes actos fazem-me recordar umas palavras proferidas
há dias por alguém responsável, o Prof. Jorge Olímpio Bento que perante um
cenário muito mais grave afirmou: “Diz-se que temos a juventude com melhor
nível de formação de sempre; todavia a afirmação vê-se desmentido pelos factos.
Afinal temos, sim, a juventude com maior grau de “instrução” de sempre. “Formação”
é outra coisa bem diferente: tem a ver com índice de consciência, competência,
sensibilidade e responsabilização cívica, ética e estética.” Baía da Lusofonia
Para mais
informações históricas sobre o ascensor da Glória aceda aqui
Fonte: mariamacaréu.blogspot.com
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