O Governo apresentou dois programas para atrair quadros qualificados das áreas da tecnologia de ponta que valorizam o conhecimento do português. O objectivo é captar profissionais formados nas 100 melhores universidades do mundo ou nas 20 melhores do Interior da China
Na
sexta-feira entraram em vigor dois programas para captar “quadros altamente
qualificados” e “profissionais de nível avançado” em tecnologia de ponta, cujos
critérios valorizam o conhecimento da língua portuguesa.
De
acordo com os despachos assinados pelo Chefe do Executivo, publicados no
Boletim Oficial de Macau na quinta-feira, os programas têm como objectivo
“impulsionar o desenvolvimento das indústrias chave”.
Nos
despachos que enquadram os programas, Ho Iat Seng defendeu que a indústria de
tecnologia de ponta é “necessária à diversificação adequada da economia” da RAEM,
altamente dependente do turismo e dos casinos.
Os
programas apontam para tecnologias como a inteligência artificial, novas
energias, robótica, Internet das coisas, cibersegurança, mega dados, realidade
virtual e aumentada, e circuitos integrados microelectrónicos, também
conhecidos por ‘chips’.
Os
candidatos aos programas têm de contar no currículo com, pelo menos, uma
licenciatura, ter 21 anos ou mais e obter pelo menos 200 pontos numa lista de
critérios que inclui experiência profissional e competências linguísticas.
Quanto mais velhos forem os candidatos, menores serão os pontos atribuídos.
A
nível das qualificações académicas, há pontos atribuídos para quem obter
diplomas nas 100 melhores instituições do mundo ou nas 20 melhores do Interior,
de acordo com os seguintes ranking: Times Higher Education World University
Rankings, QS World University Rankings, U.S. News & World Report e Academic
Ranking of World Universities.
Lista de critérios
Um
candidato pode obter até 10 pontos se “possuir boa capacidade de expressão em
duas línguas de entre o chinês, português ou inglês”, de acordo com os
critérios dos dois programas.
Também
os rendimentos anuais provados dos candidatos são alvo de avaliação, e se um
candidato apresentar rendimentos superiores a 3 milhões de patacas, soma
imediatamente 80 pontos, o valor mais alto. O nível mais baixo é de 30 pontos,
para quadros com rendimentos de pelo menos 1,5 milhões de patacas por ano.
Estes
dois programas são os primeiros a serem implementados no âmbito de uma lei, que
entrou em vigor a 1 de Julho, e que procura captar para Macau quadros
qualificados, entre eles vencedores de Prémio Nobel, nomeadamente com
benefícios fiscais.
Os
quadros qualificados poderão gozar de isenção do imposto do selo sobre a
transmissão de bens ou sobre aquisição de bens imóveis destinado ao exercício
de actividade própria, assim como isenção da contribuição predial urbana.
Além
disso, terão isenção do pagamento do imposto complementar de rendimentos, assim
como benefícios para efeitos do imposto profissional, caso sejam contratados
por empresas locais.
O
Governo definiu como aposta para os próximos anos o investimento em indústrias
que podem absorver quadros qualificados, como é o caso do sector financeiro e
das áreas de investigação, desenvolvimento científico e tecnológico, saúde com
alta tecnologia e medicina tradicional chinesa. In “Hoje
Macau” - Macau
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