“O que foi não volta a ser…”, ensaio fotográfico de Gonçalo Lobo Pinheiro que acompanha as transformações de Macau ao longo das décadas, foi o vencedor da edição deste ano do Paraty em Foco – Festival Internacional de Fotografia, no Brasil, na categoria de ensaio. O antigo fotojornalista do Ponto Final diz-se “sem palavras perante esta distinção”
O
ensaio fotográfico do fotojornalista Gonçalo Lobo Pinheiro, “O que foi não
volta a ser…” venceu, na categoria de ensaio, a edição deste ano do Paraty em
Foco – Festival Internacional de Fotografia, no Brasil. As obras vencedoras
estarão expostas no centro histórico da cidade de Paraty, no Estado do Rio de
Janeiro, entre os dias 13 e 17 de Setembro.
Em
comunicado, o antigo fotojornalista do Ponto Final expressou a sua gratidão ao
júri do festival, afirmando estar “sem palavras perante esta distinção”. “É uma
honra inigualável ser reconhecido neste prestigiado evento de fotografia.
Agradeço do fundo do meu coração por esta distinção, que representa anos de
trabalho e dedicação à arte da fotografia”, afirmou Gonçalo Lobo Pinheiro,
citado no comunicado.
“Quero
também parabenizar todos os vencedores e finalistas deste incrível festival,
que vai já na sua 19.ª edição. A qualidade das obras apresentadas é
verdadeiramente inspiradora. Estou orgulhoso de fazer parte desta comunidade de
talento global”, acrescentou Lobo Pinheiro.
Recorde-se
que Gonçalo Lobo Pinheiro já havia arrecadado uma menção honrosa na edição de
2019 do mesmo festival brasileiro com o retrato de Ratna Khaleesy, uma migrante
indonésia residente em Macau.
Nesta
série, o fotógrafo, radicado em Macau há mais de 12 anos, juntou, ao longo de
mais de um ano, fotografias antigas de Macau – captadas a preto e branco, entre
os anos de 1930 e 1990 – mostrando como é hoje em dia o local preciso onde
foram tiradas. “Este livro e uma exposição representam um encontro entre o
passado e o presente”, explicou, aquando da apresentação do projecto, o fotógrafo.
“O
que foi não volta a ser…” acompanha, então, a evolução do território ao longo
das últimas décadas. “Imaginem fotografias captadas há 70 ou 80 anos. E agora,
o que fazer com elas? Se, por um lado, ainda é possível recriar alguns
cenários, por outro lado, é impossível obter pontos de contactos noutras
fotografias, porque simplesmente as coisas já não existem no território. Tudo
mudou. Por isso, na grande maioria dos casos, o que foi não volta a ser”,
destacou.
O
projecto “O que foi não volta a ser…” deu origem a um livro editado no ano
passado e a uma exposição que foi apresentada em Macau, na Fundação Rui Cunha,
em Novembro. André Vinagre – Macau in “Ponto
Final”
Sobre
este tema leia:
Macau
– Livro documental fotográfico “O que foi não volta a ser…” arrecada bronze em
concurso
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