Alunos
da Escola Portuguesa de Díli (EPD), a maioria timorenses, participam a 22 de
março na semifinal de um concurso de talentos que, segundo a organizadora, quer
ajudar a potenciar méritos que muitas vezes são esquecidos nas escolas
"Ouvimos falar muitas vezes
de alunos de mérito e quadros de honra académicos. Mas com 22 anos de ensino,
penso que há outros méritos e competências, outros alunos que passam
despercebidos e não chegam a aparecer porque o seu mérito não é
académico", explicou à Lusa Cláudia de Sousa, professora na EPD.
"É importante valorizar
cada vez mais essas outras valências, ver o aluno holisticamente como um todo.
Está provado que um aluno motivado na escola está motivado para estudar e não
abandona os estudos", sublinhou.
Por isso, explicou a
coordenadora da primeira edição do "EPD Got Talent", surgiu a ideia
de criar um concurso que acabou por ter uma "adesão extraordinária"
com os alunos a mostrarem "muito empenho", ensaiando e apresentando-se,
pela primeira vez, a público.
Um total de onze atuações --
de canto e música -, selecionadas de entre mais de duas dezenas que se
apresentaram na seleção inicial a 02 de fevereiro, vão concorrer para um dos
cinco lugares na final, que está prevista para 31 de maio.
A atuação vencedora terá
"um prémio múltiplo" que inclui um jantar para cinco pessoas, a
possibilidade de "projeção adicional" com a sua participação num
evento musical no futuro e um prémio em dinheiro transformado no pagamento das
propinas escolares de um ano.
"Foram dias e dias de e
ensaios e isso é meritório", disse.
"Estes talentos têm que
vir ao de cima no ensino e não apenas a parte académica. Os alunos não podem
ser apenas peneirados pelas notas que obtém. E assim ajudamos também a
potencializar a escola", referiu.
Parte da inspiração para o
concurso e para a elevada participação foi, reconhece, a vitória da cantora
timorense Marvi na última edição do programa televisivo português The Voice, no
ano passado.
A cantora, que já tinha ficado
entre os três primeiros num concurso de uma televisão indonésia, foi recebida
como heroína em Timor-Leste e é agora uma das suas primeiras 'pop-stars',
inspirando muitas participações em concursos idênticos no país. In “Sapo
Timor-Leste” com “Lusa”
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