O
ministro dos Transportes anunciou que o curso das obras do novo Aeroporto
Internacional de Luanda vai ser alterado com a introdução de correcções de
engenharia e na sua funcionalidade de forma a adequar a infra-estrutura às
exigências de um aeroporto moderno e confortável
Para liderar estes trabalhos,
segundo o ministro Ricardo de Abreu, em declarações aos jornalistas após o
Conselho de Ministros que teve lugar na quarta-feira, vai ser criada uma
comissão técnica, cuja composição ainda não foi definida e será anunciada em breve.
O governante estipulou como
meta para a conclusão destes trabalhos 2022, o que indica que a data
anteriormente prevista para a conclusão do novo aeroporto de Luanda, 2020, não
será cumprida, como não foram outras datas avançadas para a conclusão das obras
iniciadas em 2005 pela China Internacional Fund Limited (CIF).
Com um investimento
inicialmente, mas oficiosamente, previsto em cerca de 5 mil milhões USD, já
largamente ultrapassado, este projecto, localizado no Bom Jesus, município de
Icolo e Bengo, a cerca de 40 quilómetros de Luanda, financiado pela China, foi
analisado pelo Tribunal de Contas que detectou graves falhas na construção,
desde a qualidade dos materiais aos acabamentos defeituosos bem como problemas
estruturais de engenharia.
Recorde-se que nos últimos
meses foram publicadas notícias sobre alegados problemas estruturais graves na
infra-estrutura, tanto em questões de segurança como de qualidade da obra,
tendo mesmo esta sido retirada à companhia que a iniciou, sendo a CIF
substituída pela também chinesa AVIC, um conglomerado ligado à indústria
aeronáutica militar.
Em Outubro de 2017, o
Presidente da República, João Lourenço, visitou as obras e ordenou uma reunião
com os ministros cuja tutela estava ligada a este projecto, exigido progressos
claros na construção sem novas falhas orçamentais e de calendário, ficando,
como o então ministro dos Transportes, Augusto Tomás, informou, prevista a sua
conclusão para 2019 e a entrada em funcionamento do aeroporto em 2020. Na
altura, em finais de 2017, estimava-se que 60 por cento da obra estivesse
concluída.
Depois de concluído, este será
um dos maiores aeroportos de África, com capacidade para cerca de 15 milhões de
passageiros por ano - a maior parte trafego internacional - e um volume anual
de mercadorias de 50 mil toneladas, erguido em 1.324 hectares, onde estão
previstas duas pistas duplas e capaz para receber os maiores aviões comerciais
do mundo.
Os últimos dados apontam para
a execução da pista norte em quase dois terços e a sul pouco mais de 50 por
cento, enquanto a placa central para acesso das aeronaves ao terminal está
executada em 58%. In “Novo Jornal” - Angola
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