Porto Novo – A demora na
concretização dos investimentos previstos para o sector cafeeiro em Santo Antão
está a preocupar os produtores locais, que insistem na necessidade de se
avançar com a instalação da unidade de recepção, debulha e ensacamento do café.
A montagem da unidade de
recepção, debulha e ensacamento do café é um dos investimentos, cuja
concretização tem vindo a ser aguardada, nos últimos anos, pelos cafeeiros
santantonenses, com vista ao relançamento desta cultura, de grande potencial na
ilha, mas que caiu, ao longo dos anos, em declínio.
Além dessa unidade, os
produtores desejam ainda a criação da cooperativa, que se encarregará da
comercialização do café, segundo o produtor Francisco Silva, para quem o
relançamento do sector cafeeiro em Santo Antão vai depender, também, da
organização dos cafeeiros.
Essas acções estão previstas
no quadro do projecto sobre a valorização do café de Santo Antão, porém,
suspenso, em 2016, com a extinção da Agência de Desenvolvimento Empresarial e
Inovação (ADEI), que vinha coordenando as actividades.
O projecto, que numa primeira
fase abarcou a formação dos produtores e recuperação dos cafezais, prevê, numa
segunda etapa, além da montagem da unidade de recepção, debulha e ensacamento
do produto, também a organização dos produtos numa cooperativa.
O café de Santo Antão, onde
existem mais de 60 explorações, é produzido, até agora, de forma tradicional
(torrado e moído em pilão) e tem chegado a algumas ilhas do país, através da
cooperativa PARES (Produtores Associados em Rede de Economia Solidária),
sediada no Porto Novo.
A valoração dos cafezais
de Santo Antão enquadra-se num projecto de âmbito nacional, que consiste na
criação e valorização da fileira do café de Cabo Verde. In “Inforpress”
– Cabo Verde
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