Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 13 de março de 2019

Estados Unidos da América - Segunda onda da revolução de xisto poderá levar o país ao topo dos exportadores de petróleo

Os Estados Unidos devem superar a Rússia e a Arábia Saudita para se tornarem o maior exportador de petróleo do mundo em 2021, disse nesta segunda-feira a Agência Internacional de Energia (AIE).

Segundo a AIE em seu relatório, os EUA deverão dobrar suas exportações brutas de petróleo para 4,2 milhões de barris por dia até 2024, enquanto as exportações totais de produtos brutos e refinados devem chegar a 9 milhões de barris por dia.

A produção americana de petróleo, impulsionada pelo crescimento do óleo de xisto, deve representar 70% do aumento total da capacidade de produção global nos próximos cinco anos, acrescentou a agência. O relatório também diz que os EUA devem responder por 75% da expansão do comércio de gás natural liquefeito.

"A segunda onda da revolução de xisto dos EUA está chegando", disse o diretor executivo da AIE, Fatih Birol. "Isso abalará os fluxos internacionais de comércio de petróleo e gás, com profundas implicações para a geopolítica da energia."

O xisto estava em grande parte por trás do excesso de petróleo americano que inundou o mercado há mais de quatro anos, levando os preços do petróleo para US$ 30 o barril, ante mais de US $ 100 por barril no fim de 2014.

Em 2018, os EUA superaram a Rússia e a Arábia Saudita para se tornarem o maior produtor mundial de petróleo, com uma produção atualmente em torno de 12 milhões de barris por dia.

Segundo a AIE, a produção de petróleo americana deverá subir para 13,7 milhões de barris por dia até o fim nos próximos cinco anos.

"Ganhos anuais impulsionarão os EUA para níveis jamais vistos em qualquer país, além da capacidade máxima na Rússia e na Arábia Saudita", observou o relatório.

Espera-se que a capacidade de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) caia em cerca de 400 mil barris por dia até 2024, em parte como resultado de cortes de fornecimento no Irã e na Venezuela, disse a agência. As indústrias de petróleo de ambos os países estão sob sanções dos EUA. In “Valor Econômico” - Brasil

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