Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 22 de dezembro de 2019

Brasil - Satélite brasileiro entra em órbita para monitorar desmatamento da Amazônia

CBERS 4A custou ao Brasil R$ 160 milhões e é o sexto satélite feito em parceria com a China. Foi montado num laboratório do Inpe



O Brasil pôs em órbita, nesta sexta (20), em parceria com a China, um satélite que vai monitorar o desmatamento na Amazônia.

Na manhã desta sexta, os pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) receberam os primeiros sinais do novo satélite.

“Nessas primeiras 24 horas, o nosso objetivo é achar o satélite e controlá-lo. Eu vou mandar um comando para ele, para saber como que está a saúde dos equipamentos, bateria, se as câmeras ligam”, explicou Lúbia Vinhas, coordenadora de Observação da Terra do Inpe.

No domingo (22), ele deve começar a mandar imagens. O CBERS 4A foi levado ao espaço por um foguete chinês. CBERS é a sigla em inglês para a cooperação do Brasil com os chineses na área.



O lançamento aconteceu na base de Taiyuan, na China, às 11h, madrugada no Brasil. Tudo foi acompanhado por pesquisadores do Inpe, em São José dos Campos. O satélite levou 15 minutos para entrar em órbita.

A cooperação entre Brasil e China na área espacial começou em 1988. Em 2013, o lançamento do CBERS 3 falhou e o Brasil perdeu o equipamento.

O CBERS 4A custou ao Brasil R$ 160 milhões e é o sexto satélite feito em parceria com a China. Ele foi montado num laboratório do Inpe e vai fazer imagens melhores que o CBERS 4, em órbita há cinco anos e com a vida útil quase no fim.

Entre as funções do novo satélite está a de fornecer imagens para programas de monitoramento ambiental.

“Se eu estou interessado em olhar grandes áreas, como a Amazônia, me interessa mais olhar, com uma resolução média, mas olhar áreas muito grandes: 600 quilômetros, 800 quilômetros de uma vez só. Em alguns casos, nos interessa mais o detalhe; em alguns casos nos interessa mais uma visão panorâmica. O satélite tem essas duas possibilidades”, disse Marco Chamon, engenheiro do Inpe.

O CBERS 4A pode ser o último feito em parceria com a China. O acordo entre os dois países para a construção de satélites ainda não foi renovado. A vida útil dele será de cinco anos. Mas isso não significa que, depois desse prazo, o Brasil vai perder a autonomia na área de monitoramento ambiental.

O substituto será o satélite Amazônia 1, que também está sendo montado no Inpe. O equipamento 100% desenvolvido no Brasil deve ser lançado no segundo semestre de 2020.

“Ele mostra que, ao longo da parceira com a China e com outros países, o Brasil aprendeu, fez o dever de casa e conseguiu fazer seu próprio satélite. Nos qualifica para produzir os próximos satélites de observação da Terra e dos oceanos, que devem vir na sequência do Amazônia”, disse Ronaldo Buss, diretor interino do Inpe. In “G1 Globo” - Brasil

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