Bissau - A Rede Oeste Africana para Edificação da Paz (WANEP-GB) disse que “a Guiné-Bissau não vive, ainda uma verdadeira Democracia”, assim também, “não vive plenamente a sua Constituição”.
A
sua Coordenadora, Denise dos Santos Indeque, lembra que “costuma-se dizer que
as eleições são a festa da democracia” e que “é o momento único” em que se
escolhe os governantes.
“As
eleições legislativas de 04 de Junho de 2023 foram decisivas para o povo
guineense, tendo em conta as dificuldades sociais de todos os níveis que gerou
um divórcio entre os eleitos e eleitores, onde o povo decidiu, por uma maioria
absoluta, escolher a coligação PAI-Terra Ranka para os próximos 4 anos, através
de um Governo liderado por Geraldo Martins”, anotou Dos Santos Indeque na sua
declaração a imprensa, na passada quinta-feira, para falar da atual situação
política no país.
A
ativista guineense lamentou o contexto politico actual que se vive no país,
lembrando que seis meses depois das eleições de 4 de junho, e três meses depois
da instituição do Governo legitimo, saída das urnas, “a Guiné-Bissau já está no
seu segundo Governo inconstitucional, devido as rivalidades e decisões dos
políticos que, na verdade, pensam que a nação lhes pertence”.
“Na
verdade, não há Democracia sem o povo. E o povo não se faz substituir a sua
vontade. A imposição da vontade de um de poucos é um exercício ilegítimo. Só a
soberania do povo é um exercício legítimo”, precisou.
Para
a Coordenadora de WANEP-GB, “o exercício da soberania popular exige um conjunto
de condições materiais, sociais e políticas, sem as quais, não se pode falar da
dignidade de cada um, nem da dignidade social e política de toda a sociedade”.
“A
falta de nacionalismo, o ventre e o baixo-ventre dos políticos guineenses,
indigna toda a sociedade. E as dificuldades do povo adoecem a sociedade”,
observou também Denise dos Santos Indeque, tendo realçado que “a dignidade é de
um povo ou é de ninguém. Não haverá classes ou categorias sociais dignas na
Guiné-Bissau, enquanto a indignidade dos políticos prevalecer”.
Para
ela, “torna-se urgente a necessidade de resgatar e restaurar a dignidade ética
da vida pública”. In “Agência de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau
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