O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) foi convidado, pela primeira vez, a participar num encontro do G20 nos dias 21 e 22 de fevereiro e já aceitou, confirmou o próprio.
O
convite a Zacarias da Costa foi-lhe dirigido pelo Ministro das Relações
Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, em representação da atual Presidência
brasileira do G20.
O
Brasil é um dos nove Estados-membros da CPLP, e desde que Lula da Silva assumiu
a presidência do país, há pouco mais de um ano, a organização assumiu outra
relevância na sua política externa.
O
G20 ou Grupo dos 20 é formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos
centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Africana e a União
Europeia.
O
grupo, criado em 1999, após as sucessivas crises financeiras da década de 1990,
tem como objetivo favorecer a negociação internacional, numa base de diálogo
ampliado e tendo em conta o peso económico crescente de alguns países, que,
juntos, representam 90% do PIB mundial, 80% do comércio mundial (incluindo o
comércio intra-UE) e dois terços da população mundial.
Trata-se
de um grupo com significativa influência sobre a gestão do sistema financeiro e
na economia global.
A
reunião decorrerá no Rio de Janeiro, e Zacarias da Costa já confirmou esta
semana a sua presença.
O
G20 estuda, analisa e promove a discussão entre os países mais ricos e os
emergentes sobre questões políticas relacionadas com a promoção da estabilidade
financeira internacional, e encaminha as questões que estão além das
responsabilidades de uma organização.
Além
do Brasil, são Estados-membros da CPLP Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné
Equatorial, Portugal, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
O
Brasil, que desde 01 de dezembro de 2023 exerce a presidência do G20, convidou
Portugal e Angola, entre outros países, para observadores da organização.
Em
comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil recordou na altura
que, “historicamente, as presidências do G20 convidam países não-membros do
agrupamento e organizações internacionais para participar nas reuniões do seu
calendário de eventos”.
Para
além de Portugal e Angola, a presidência brasileira convidou o Egipto, Emirados
Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega e Singapura.
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