O vice-primeiro-ministro de Cabo Verde, Olavo Correia, afirmou que o país tem a ambição de “ser um centro de formação para a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP)” a nível profissional, em várias áreas de qualificação.
“A
partir de Cabo Verde queremos formar para o mercado interno, mas também para
várias geografias mundiais”, referiu, à margem da assinatura de uma candidatura
às Nações Unidas, de um projeto de formação conjunto com Portugal.
O
projeto prevê um investimento de quatro milhões de euros nos próximos dois anos
no setor da formação profissional, pretendendo chegar a cerca de 2000 pessoas
em áreas como energias renováveis, economia digital, áreas sociais, turismo,
metalomecânica, mecatrónica e construção civil.
“Este
é um grande projeto, para um centro de excelência, voltado para a CPLP e para
várias geografias mundiais. Assinámos também um acordo para nos candidatarmos
às Nações Unidas, para podermos aceder a financiamentos globais, para formarmos
jovens em Cabo Verde”, referiu.
O
memorando de entendimento sobre o investimento em formação foi anunciado em
dezembro e hoje os dois países assinaram uma candidatura ao programa acelerador
global das Nações Unidas, a caminho da cimeira social a realizar em 2025.
“Queremos
estar na crista da onda desta agenda de formação de recursos humanos” a nível
internacional, disse Olavo Correia, para que os jovens qualificados possam
competir com outros, num mundo globalizado.
Olavo
Correia classifica o setor como “uma verdadeira oportunidade para Cabo Verde,
enquanto pequeno país do sul”.
“As
ilhas, para avançarem, precisam de asas, têm de estar ligadas entre si e com o
mundo”, concluiu.
A
assinatura na cidade da Praia, contou com a presença da ministra do Trabalho
portuguesa, Ana Mendes Godinho, que destacou a possibilidade de haver um
encontro “entre as necessidades das empresas em Portugal” e “as prioridades de
Cabo Verde” ao nível da formação.
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