O Ministério do Trabalho,
Emprego e Segurança Social (MITESS), através do Instituto Nacional do Emprego
(INEP) e a Vale Moçambique assinaram, na passada sexta-feira, 14 de Dezembro,
um memorando de entendimento com vista à inserção dos recém-formados na vida
activa e à promoção do auto-emprego, por via de estágios pré-profissionais nas
unidades produtivas daquela mineradora e da atribuição de kits aos melhores
graduados do Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto
Cassimo (IFPELAC), respectivamente.
Para o efeito, o INEP passará,
entre outras acções, a inscrever e seleccionar candidatos a estágios
pré-profissionais, fornecer à Vale Moçambique a relação dos recém-graduados
inscritos nos centros de emprego, emitir certificados de estágio pré-profissional,
inscrever e seleccionar os beneficiários de kits para o auto-emprego e
monitorar as suas actividades.
A Vale Moçambique, por seu
turno, vai disponibilizar ao INEP listas de estágios por especialidade, idade e
sexo, elaborar, semestralmente, relatórios de acompanhamento e avaliação do
estágio, divulgar e facilitar o acesso à informação sobre vagas no seu Programa
de Estágios para a comunidade, bem como os critérios de selecção, entre outras
acções.
Entretanto, como primeiro
sinal da materialização do memorando, a Vale Moçambique efectuou a entrega de
30 kits de auto-emprego a igual número de beneficiários, formados em Mecânica
Auto bem como Canalização, pelas delegações do IFPELAC da cidade e província de
Maputo.
Para Juvenal Dengo,
director-geral do INEP, a assinatura do memorando faz jus às acções do Governo,
com vista ao envolvimento do sector privado na promoção de oportunidades de
emprego aos moçambicanos, em particular aos jovens.
A aposta nos estágios
pré-profissionais e no auto-emprego, segundo Juvenal Dengo, resulta da
constatação e análise das dinâmicas do mercado de trabalho a nível nacional e
internacional, que apontam, entre outros factores, as inovações tecnológicas
como dinamizadores do sector produtivo e da economia, o que tem resultado no
aumento da eficiência e da produtividade, bem como na redução de empregos
formais.
“Esperamos que a assinatura
deste memorando se traduza em benefícios dos jovens e que os kits aqui
entregues constituam uma importante alavanca na promoção do auto-emprego,
ajudando os beneficiários a iniciarem as actividades económicas geradoras de
renda”, considerou o director-geral do INEP.
Para o gerente de Relações
Institucionais da Vale Moçambique, Bruno Chicalia, a assinatura do memorando e
a oferta de kits de auto-emprego visam fazer face aos enormes desafios impostos
pelo mercado de trabalho, como são os casos da falta de experiência por parte
dos candidatos ao primeiro emprego, assim como de equipamentos para aplicar o
conhecimento que os jovens detêm.
“Não basta dotarmos os jovens
de conhecimento. Embora isso seja importante é, também, necessário darmos
ferramentas, principalmente aos que mais precisam, para poderem aplicar esse
conhecimento”, disse Bruno Chicalia.
Num outro desenvolvimento, o
gerente de Relações Institucionais da Vale Moçambique reconheceu que o país não
tem mão-de-obra em número e qualidade demandados pelas multinacionais, devido
ao facto de “serem especialidades relativamente novas, importantes numa
indústria implantada recentemente no País. Por isso os 5-10 anos de experiência
exigidos (ainda) constituem um desafio”. In
“Olá Moçambique” - Moçambique
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