A deputada Agnes Lam, através
de uma interpelação oral antes da sessão plenária na Assembleia Legislativa
(AL), fez referência ao papel de Macau como plataforma nas relações entre a
China e os países de língua portuguesa. “Em termos de escritórios permanentes,
a função aglutinadora da plataforma de Macau parece não ser muito clara, pois
existem actualmente em Macau apenas 13 corpos diplomáticos”, começa por dizer a
parlamentar, acrescentando que, destes, apenas “os consulados-gerais de Angola,
Portugal e Moçambique correspondem melhor às necessidades da nossa plataforma,
mas há ainda muitos países lusófonos que não têm escritórios de alto nível em
Macau, especialmente o Brasil, que é uma relevante entidade económica”. “Uma
vez que Macau desempenha o papel de plataforma, lutar para que todos os países
lusófonos instalem consulados em Macau é benéfico, a longo prazo, para a
promoção das relações entre a China e os países de língua portuguesa”, indicou
a deputada.
Agnes Lam voltou, depois, a
insistir na questão dos voos directos de Macau para países lusófonos: “Quanto a
alguns destinos importantes, como Portugal e Brasil, entre outros, Macau deve
estudar a viabilidade de estabelecer ligações directas, bem como iniciar
estudos sobre o mercado, a fim de trilhar voos directos de longa distância e de
elevar o valor estratégico de Macau como ‘ponte de ligação’”.
Agnes Lam disse ainda que, com
a entrada em funcionamento da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, o aeroporto de
Macau vai sentir a pressão proveniente do aeroporto de Hong Kong. “O aeroporto
de Macau é mais desactualizado em vários aspectos”, referiu, acrescentando que
“se as vantagens de Macau enquanto plataforma para o intercâmbio regional entre
a China e os países de língua portuguesa não forem no mínimo bem aproveitadas,
o papel desempenhado por Macau na economia inter-regional vai ser, sem dúvida,
enfraquecido”. In “Ponto Final” - Macau
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