O Governo prometeu, a cerca de
um mês do arranque do ano da China em Portugal, realizar “actividades
promocionais de grande escala” em solo português, integradas nas celebrações
culturais e diplomáticas entre os dois países.
“Em sintonia com o ano da
Cultura entre China e Portugal, serão realizadas actividades promocionais de
grande escala em Portugal”, anunciou o secretário para os Assuntos Sociais e
Cultura, Alexis Tam, na véspera da chegada a Lisboa do Presidente chinês, Xi
Jinping. Alexis Tam falava na Assembleia Legislativa, no primeiro dia da
apresentação das Linhas de Acção Governativa (LAG) da sua tutela para 2019, ano
em que se assinalam os 20 anos da transferência de administração de Macau de
Portugal para a República Popular da China, em 20 de Dezembro de 1999. No
próximo ano, além dos 20 anos da RAEM, são assinaladas quatro décadas de
relações diplomáticas entre a China e Portugal.
No campo da educação, uma das
prioridades para o próximo ano é “transformar Macau numa base de formação de
quadros bilingues” nas línguas chinesa e portuguesa, com apoios aos alunos que
frequentam cursos de tradução chinês-português e a ampliação do programa de
ensino bilingue nas escolas primárias e secundárias.
O Executivo quer ainda afirmar
Macau como “cidade criativa” e apostar no “design,
cinema, gastronomia, literatura, música, artes de multimédia, artesanato, arte
popular (…) e tecnologia de inovação”, detalhou o governante. Assim, à garantia
de levar avante festivais recentes, juntou-se o anúncio de novos eventos
artísticos para 2019.
No próximo ano, vai
realizar-se a 2.ª edição do “Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura
entre a China e os países de língua portuguesa”, inaugurado em Junho passado e
descrito pelo Instituto Cultural (IC) como “um novo capítulo” no intercâmbio
cultural e humanístico entre estes países.
Para 2019, a novidade é o
“Arte Macau”, que pretende “transformar a cidade numa nova plataforma asiática
de intercâmbio artístico internacional”, destacou o responsável. “Não queremos
promover apenas uma cidade gastronómica, mas todos os fenómenos da cultura e da
arte”, declarou, numa alusão à entrada do território para a Rede de Cidades
Criativas da UNESCO na área da Gastronomia, em Outubro de 2017.
Por outro lado, Alexis Tam
afirmou ter sido alcançado “um consenso de cooperação com os grandes hotéis e ‘resorts’ de Macau para iniciar a
realização simultânea de exposições de artes internacionais”. Na opinião do
governante, o projecto irá contribuir para a “permanência dos turistas no
território”. Macau recebeu mais de 28 milhões de visitantes nos primeiros dez
meses do ano, mas o período médio de permanência dos visitantes não chega aos
dois dias. In “Ponto Final” – Macau com “Lusa”
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