Resíduos
de materiais tecnológicos
Pesquisadores do Centro de
Tecnologia da Informação Renato Archer, em Campinas (SP) criaram uma tecnologia
que permite extrair metais preciosos do lixo eletrônico.
Por meio de processos
mecânicos, de hidrometalurgia e biometalurgia, a técnica reaproveita materiais
como ouro, prata, cobre e paládio, contidos em placas eletrônicas de
computadores, celulares e tablets.
Outra vantagem é que a
combinação desses processos permite separar e descartar os metais pesados
desses componentes.
Fruto de um projeto iniciado
em 2014, chamado Rematronic, o esforço contou com um investimento de R$ 8
milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e tem
participação de um parceiro da iniciativa privada, a Gestora de Resíduos
Industrial (GRI), que vai deter parte da propriedade intelectual da tecnologia.
A equipe agora está projetando
uma planta industrial piloto para sair da escala de laboratório e começar a
traçar as diretrizes de escalonamento, dimensionamento de custos e cálculo da
viabilidade do negócio.
Segundo Marcos Pimentel, um
dos coordenadores do projeto, a tecnologia de reciclagem e reaproveitamento
permitirá lidar com outros componentes da indústria eletroeletrônica, além das
placas eletrônicas. "Com esse know-how,
podemos dar uma solução para outros tipos de resíduos, como pilhas, baterias e
outros resíduos eletrônicos," disse ele.
Ambientronic
O projeto de pesquisa faz
parte do programa Ambientronic, criado pelo CTI Renato Archer em 2006. Desde
então, a unidade de pesquisa tem firmado acordo com as principais entidades da
indústria eletrônica, a fim de capacitar recursos humanos e criar normas e
soluções de produção, descarte e reciclagem de equipamentos eletrônicos.
"O descarte do resíduo
sólido na natureza é um problema para o meio ambiente e de saúde pública, em
que a solução vem pelo investimento em tecnologia. Quanto mais tecnologia você
usa, mais retorno econômico a reciclagem dos resíduos gera," ressaltou
Marcos. In “Inovação Tecnológica” - Brasil
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