O
Festival Internacional de Música de Macau regressa entre 28 de Setembro e 28 de
Outubro com um programa composto por 16 espectáculos além de actividades como
“workshops”, “masterclasses” e visitas aos bastidores. De Portugal chega o
grupo “Sangre Ibérico” que junta sons portugueses e espanhóis
O XXXII Festival Internacional
de Música de Macau (FIMM) decorre entre os dias 28 de Setembro e 28 de Outubro
e tem como tema “Viver – O Momento na música”. O orçamento é semelhante ao dos
anos anteriores, 30 milhões de patacas.
O programa é composto por 16
espectáculos, num total de 22 actuações, começando pela ópera “L’Eisir
D’Amore”, que surge por ocasião dos 170 anos da morte do compositor Gaetano
Donizetti. A produção é da Ópera de Zurique e a encenação está a cargo de
Grischa Asagaroff e mostra ao público “o poder mágico do amor através da sua
música magnífica”. A actuação está agendada para 28 e 30 de Setembro, no Grande
Auditório do Centro Cultural (CCM).
O FIMM encerrará com dois
concertos pela Staatskapelle Dresden, uma das 10 melhores orquestras a nível
mundial, com uma história de mais de 400 anos. Dirigida pelo maestro Christian
Thielemann, irá interpretar sinfonias completas de Schumman, o “mais romântico
compositor alemão do século XIX”. Os espectáculos de encerramento decorrem
também no CCM.
Em Macau estará também o
Quarteto Hagen de Salzburgo, que trará clássicos alemães e austríacos,
permitindo aos fãs de música vislumbrar a evolução da arte do quarteto através
duma “fantástica jornada musical”. Por sua vez, a banda “Los Romero”, conhecida
como “a família real da guitarra”, é composta por três gerações da mesma
família.
O pianista de jazz jamaicano
Monty Alexander mostra o seu talento em “Uma Vida no Jazz”. O coro “Stile
Antico”, do Reino Unido, mesmo sem maestro, actua num “relacionamento
harmonioso e apresenta o concerto rainha das Musas, que é uma selecção de
música britânica renascentista composta durante o reinado de Isabel I”. O mesmo
grupo traz o concerto “Responsórios Tenebrae”, levando o público numa viagem
pela música sacra de Tomás Luís de Vitória.
Portugal
Encontra Espanha
“Reunindo rumba flamenca e
fado português, o agrupamento de Portugal ‘Sangre Ibérico’ oferece ao público
uma noite de música latina no concerto ‘Portugal Encontra Espanha’”. A actuação
está agendada para 5 de Outubro, na Casa do Mandarim.
Num resumo do espectáculo o IC
questiona: “Que faíscas se libertam quando a rumba flamenca encontra o fado?”.
“O fado, o género musical mais representativo de Portugal, tem melodias tocantes
e melancólicas, enquanto a rumba flamenca espanhola é marcada por ritmos
apaixonantes. O grupo criou uma fusão única, ganhando grande notoriedade com o
seu estilo distinto”.
O colectivo é composto por
André Amaro, na voz e guitarra, Paulo Maia, na guitarra flamenca e Alexandre
Pereira, na voz, percussão e “cajón” flamenco, um instrumento de percussão.
De um ponto de vista mais
local, Lu Jia, director musical da Orquestra de Macau, une-se à Orquestra
Filarmónica de Xangai para apresentar a Sinfonia nº 8 em Dó Menor de Anton
Bruckner. Espaço ainda para a música electrónica com “Batida Electrónica” que
reúne as bandas “EVADE”, de Macau, e “FM3”, de Pequim. Há ainda o concerto
“Bravo Macau!”, juntando Hoi Lei Lei e Raymond Vong.
Os bilhetes para os espectáculos
são colocados à venda no Domingo, dia 5 de Agosto.
Como em anos anteriores, o
FIMM integra ainda um programa de actividades extra. O violoncelista brasileiro
Antonio Meneses, além de actuar, irá conduzir uma “masterclass” para que os
estudantes locais de violoncelo melhorem as suas técnicas. Há ainda um
“workshop” de música electrónica conduzido pelas bandas “EVADE” e “FM3”,
transformando uma pequena caixa de plástico num instrumento experimental.
O público pode ainda visitar
os bastidores do espectáculo de abertura e participar em conversas
pré-espectáculo orientadas por diversos especialistas. Inês Almeida – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
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