O desafio às autoridades
são-tomenses no sentido de criar um serviço de dermatologia foi lançado pelos
especialistas da lusofonia, durante as jornadas de dermatologia que decorreram na
última semana em São Tomé e Príncipe.
A equipa de médicos
especialistas em dermatologia de Angola, Moçambique e de Portugal,
disponibilizou-se em apoiar a formação de 2 médicos são-tomenses para atender
as necessidades das populações são-tomenses no tratamento das doenças da pele. “Neste
momento em São Tomé não há dermatologistas. Os colegas de Angola e Moçambique
bem como nós estamos disponíveis para acolher um ou dois jovens médicos de São
Tomé, para lhes dar formação e daqui a 3 ou 5 anos, São Tomé ter dois
especialistas em dermatologia que poderão resolver a grande maioria dos
problemas no país”, assegurou o dermatologista português António Massa.
Segundo o dermatologista
português a disponibilidade dos especialistas da lusofonia é total, agora
restam às autoridades políticas de São Tomé e Príncipe, permitirem que o
projecto de formação dos quadros nacionais em dermatologia, seja realizado.
Durante 5 dias médicos
especialistas em dermatologia de Angola, Moçambique e de Portugal trocaram
experiências com quadros são-tomenses do sector da saúde, com destaque para o
tratamento e prevenção das doenças da pele.
São Tomé e Príncipe, país
tropical regista vários casos de doenças da pele, com destaque para a celulite
necrotizante. Mais de 400 pacientes foram atendidos pelos especialistas da lusofonia.
“Os doentes foram observados e medicados e foram feitas cirurgias. Ainda neste
momento, há um colega a fazer cirurgia no hospital central Ayres de Menezes”,
afirmou António Massa.
Banho excessivo é uma das
causas de algumas doenças da pele registadas em São Tomé e Príncipe. “Utilizam
o sabão e gel em demasia para se lavarem de forma que ficam com a pele fina.
Dois banhos por dia só com água é excelente. É preferível usar o sabonete do
que o sabão azul. E aplicar apenas nas zonas de cheiro, como as axilas, zonas
do pelo genital e os pés, tudo mais é só água e chega”, explicou o médico
dermatologista.
Segundo António Massa, durante
as jornadas de dermatologia, “não se registou casos de cancro da pele, por aí
está tudo controlado”, pontuou.
As jornadas de dermatologia
foram realizadas com apoio do Instituto Marquês de Valle Flôr, e a cooperação
portuguesa, dois parceiros de São Tomé e Príncipe, muito activos no sector da
saúde, através do projecto “Saúde para Todos”. Abel Veiga – São Tomé e Príncipe in
“Téla Nón”
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