Os
líderes da União Africana (UA) desenvolveram um Observatório sobre a migração e
o desenvolvimento, na cimeira que terminou em Nouakchott, anunciou o
ministro dos Negócios Estrangeiros marroquino
O Observatório Africano para a
Migração e o Desenvolvimento (OAMD), cuja "implementação foi proposta por
Marrocos, será sediado em Rabat", afirmou o chefe da diplomacia
marroquina, Nasser Bourita, durante uma conferência de imprensa em Nouakchott,
à margem da cimeira de dois dias da UA.
"Os líderes africanos
tomaram esta decisão e confiam a esta nova ferramenta, a missão de reunir as
estratégias nacionais dos Estados africanos, bem como de melhorar a interacção
com os seus parceiros" estrangeiros, acrescentou o próprio.
O ministro marroquino rejeitou
a recente proposta da União Europeia (UE) de possibilitar aos migrantes o
pedido de asilo na UE através de "plataformas regionais de
desembarque" de pessoas resgatadas em águas internacionais, que os líderes
dos 28 Estados-membro da UE visavam desenvolver fora do continente europeu.
"Marrocos rejeita
categoricamente a ideia desta plataforma e considera-a inadequada. Trata-se de
uma solução fácil que só pode ser contraproducente", disse Nasser Bourita.
O presidente da Comissão da
UA, Moussa Faki Mahamat, garantiu na sua conta na rede social Twitter, no
passado dia 01 de Julho, que o destino dos migrantes africanos nas fronteiras
europeias é trágico e que "a recorrência a práticas intoleráveis contra
essas pessoas na própria África" tem aumentado.
"Sob pena de perder todo
o crédito moral nesta questão, a nossa união não pode praticar uma política de
dois pesos e duas medidas, isto é condenar as violações flagrantes dos direitos
dos migrantes africanos noutros lugares e praticar a política de avestruz
enquanto factos semelhantes têm lugar no continente", acrescentou o próprio,
sem especificar algum país.
O êxodo de centenas de
milhares de africanos, principalmente para a Europa, não esteve na agenda
oficial da cimeira da União Africana, que foi preenchida pelas questões de
segurança, comércio e combate à corrupção. In
“Novo Jornal” - Angola
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