A
empresa “Macau Tecnology Exchange” pretende investir até 3.000 milhões de
renminbis na criação de uma universidade luso-chinesa na Província de Zhejiang. Hoje, 15 de Julho de 2018, será assinado um protocolo de cooperação entre a empresa e as
Universidades de Lisboa e Xangai, no âmbito desse projecto
A empresa “Macau Tecnology
Exchange”, sediada na RAEM, planeia investir mais de 1,5 mil milhões de
renminbis apenas numa primeira fase do projecto de criação de uma “Universidade
Luso-chinesa Criativa” em Jiang Shan, na Província de Zhejiang. Segundo o jornal
“Ou Mun”, o investimento poderá atingir até três mil milhões de renminbis no
espaço de três anos. A companhia prevê que a instituição de ensino superior
possa vir a contar com 10000 estudantes.
“Fui convidada a fazer uma
visita à Universidade de Lisboa (UL) por uma empresa de Macau que vai subsidiar
todo o projecto em Zhejiang. Este projecto vai ser uma cooperação entre as
universidades de Lisboa (UL) e de Xangai”, explicou à Tribuna de Macau Rita
Santos, que se encontrou com o reitor da UL, António Manuel da Cruz Serra, na
qualidade de presidente do Conselho Regional dos Conselheiros das Comunidades
Portuguesas da Ásia e Oceânia.
Na passada quarta-feira, a
comitiva em que Rita Santos está inserida teve um encontro com o Gabinete de
Ligação e o Fórum Macau, na RAEM, bem como uma reunião com o Secretário para os
Assuntos Sociais e Cultura. “Alexis Tam apoiou o projecto e disse estar
disposto a ajudar, uma vez que Macau tem a qualidade de ponte e plataforma”,
destacou a mesma responsável.
No entanto, o Gabinete do
Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura afirmou à Tribuna de Macau que se
tratou de um encontro de cortesia, em nada relacionado com o Governo de Macau,
já que se trata de um projecto de natureza privada.
Ontem à tarde o reitor da UL
teve encontros com responsáveis da Universidade de Xangai, no centro económico
e financeiro chinês.
A empresa convidou a delegação
da UL para visitar a RAEM, Xangai e Zhejiang, estando até prevista a assinatura
de um protocolo hoje, domingo. O presidente da “Macau Tecnology Exchange”, Lu
Songlin, explicou que o projecto nasceu pelo facto de haver falta de
mão-de-obra no território, pois a plataforma entre a China e os Países de
Língua Portuguesa não chamou a atenção das pessoas como se esperava. Nesse
sentido, a companhia propõe-se a trabalhar na formação de profissionais com
muita experiência prática.
Segundo o projecto, o campus
da universidade terá 150000 metros quadrados e permitirá leccionar seis cursos:
Direito Internacional, Internet, Língua Portuguesa, Comunicação de Cultura
Internacional e Engenharia de Infra-Estruturas.
Lu Songlin disse não estar
preocupado com os recursos necessários para o ensino, até porque o sistema de
transportes facilita muito. O empresário espera poder convidar professores da
UL para leccionar na futura instituição de ensino superior.
A delegação da UL é liderada
pelo reitor António Manuel da Cruz Serra que sublinhou o papel de Macau no
mundo actual, sobretudo tendo em conta o facto de a China estar a implementar a
política “Uma Faixa, Uma Rota”. Acredita ainda que a cooperação entre a China e
Portugal no campo do ensino superior poderá ser aprofundada. In “Jornal
Tribuna de Macau” - Macau
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