Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Internacional - Equipa liderada por português descobriu mecanismo que atrasa Alzheimer



A equipa é liderada pelo investigador Cláudio Gomes do Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas (BioISI) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Os cientistas descobriram um novo mecanismo bioquímico nas células nervosas que retarda a formação dos depósitos de agregados de proteína no cérebro, causadores da doença de Alzheimer.

A descoberta foi publicada no dia 29 de junho na revista científica ‘Science Advances’, da ‘American Association for the Advancement of Science’.

“A proteína S100B acumula-se junto das placas (depósitos) de amilóide nos cérebros com Alzheimer, e o nosso trabalho revela agora que essa ‘coincidência’ tem uma razão de ser, dado que descobrimos que a proteína S100B interage com a proteína beta-amilóide, atrasando a sua agregação”, explica Joana Cristóvão, estudante de doutoramento e primeira autora do estudo.

“Em estudos com culturas de células observamos que a proteína S100B reverte a toxicidade induzida por agregados da proteína beta-amilóide, o que reforça este novo papel na defesa anti agregação”, continua a jovem investigadora.

No seu entender, “esta investigação desvenda novas funções das alarminas S100 que serão comuns entre patologias neurodegenerativas para além da Doença de Alzheimer, o que abre perspetivas sobre a possibilidade de desenvolvimento futuro de terapias direccionadas para estes alvos”.

A doença de Alzheimer afeta milhões de pessoas em todo o mundo e resulta da acumulação de formas tóxicas da proteína beta-amilóide sob a forma de agregados que causam a morte dos neurónios, resultando em demência.

Esta investigação foi conduzida no BioISI – Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Portugal) em colaboração com investigadores do I3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (Portugal), Universidade de Freiburg (Alemanha) e Universidade Técnica de Munique (Alemanha). O estudo foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT, Portugal), Fundação Bial (Portugal) e pelo Deutsche Forschungsgemeinschaft (Alemanha). In “Mundo Português” - Portugal

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