A equipa é liderada pelo
investigador Cláudio Gomes do Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas
(BioISI) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Os cientistas descobriram um
novo mecanismo bioquímico nas células nervosas que retarda a formação dos
depósitos de agregados de proteína no cérebro, causadores da doença de
Alzheimer.
A descoberta foi publicada no
dia 29 de junho na revista científica ‘Science
Advances’, da ‘American Association
for the Advancement of Science’.
“A proteína S100B acumula-se
junto das placas (depósitos) de amilóide nos cérebros com Alzheimer, e o nosso
trabalho revela agora que essa ‘coincidência’ tem uma razão de ser, dado que
descobrimos que a proteína S100B interage com a proteína beta-amilóide,
atrasando a sua agregação”, explica Joana Cristóvão, estudante de doutoramento
e primeira autora do estudo.
“Em estudos com culturas de
células observamos que a proteína S100B reverte a toxicidade induzida por
agregados da proteína beta-amilóide, o que reforça este novo papel na defesa
anti agregação”, continua a jovem investigadora.
No seu entender, “esta
investigação desvenda novas funções das alarminas S100 que serão comuns entre
patologias neurodegenerativas para além da Doença de Alzheimer, o que abre
perspetivas sobre a possibilidade de desenvolvimento futuro de terapias
direccionadas para estes alvos”.
A doença de Alzheimer afeta
milhões de pessoas em todo o mundo e resulta da acumulação de formas tóxicas da
proteína beta-amilóide sob a forma de agregados que causam a morte dos
neurónios, resultando em demência.
Esta investigação foi
conduzida no BioISI – Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas da
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Portugal) em colaboração com
investigadores do I3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde
(Portugal), Universidade de Freiburg (Alemanha) e Universidade Técnica de
Munique (Alemanha). O estudo foi financiado pela Fundação para a Ciência e a
Tecnologia (FCT, Portugal), Fundação Bial (Portugal) e pelo Deutsche
Forschungsgemeinschaft (Alemanha). In “Mundo Português” - Portugal
Sem comentários:
Enviar um comentário