A
PortugalFoods, associação responsável pela inovação e internacionalização do
setor agroalimentar nacional, assinou na última semana, na China, um acordo com
uma entidade local para a disponibilização de um espaço de 300 m2, denominado
“Loja de Portugal”, na recém-criada Free Trade Zone de Xangai. Ondina Afonso,
diretora executiva da PortugalFoods, explicou à “Vida Económica que o objetivo
é “ter um espaço de promoção de produtos alimentares portugueses numa das zonas
mais visitadas por compradores daquela região chinesa”. Com isto, garantem o
“suporte à dinamização de negócio para as empresas associadas”.
Xangai, recorde-se, é sede
de um município com cerca de 25 milhões de habitantes e é considerada a capital
económica da China, juntamente com Hong Kong, uma das cidades mais cosmopolitas
do país.
Na cerimônia de assinatura
deste acordo de parceria com a PortugalFoods esteve presente o Secretário de
Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito, o
Cônsul Geral em Xangai, João Pedro Fins do Lago, e o diretor da AICEP em
Xangai, Filipe Costa. Ondina Afonso garante que este é “mais um passo na
promoção internacional das empresas [portuguesas do agroalimentar], sob um
formato de uma maior proximidade com as decisões e compradores daquele mercado”.
A diretora executiva da
PortugalFoods revelou à “Vida Económica” que “estão previstos cerca de 300m2”,
capazes de poder “acomodar cerca de 30 empresas”. Este espaço, acrescenta,
“constitui um formato mais eficiente na conclusão de negócios para as empresas
portuguesas, uma vez que os clientes poderão ver os produtos a qualquer hora,
obter a informação respetiva, bem como a história das empresas e colocarem uma
encomenda”.
Questionada sobre quem
suportará os custos associados ao aluguer e à manutenção deste espaço, Ondina
Afonso diz que estes serão da responsabilidade das “empresas interessadas”,
sendo que “o governo municipal [de Xangai] oferece taxas muito reduzidas para o
espaço previsto”.
Os chineses também já
fizeram saber à PortugalFoods quais são as categorias de produtos alimentares
portugueses que pretendem ver expostas naquele espaço da nova Free Trade Zone
de Xangai. São eles bolachas e biscoitos, chocolate, sumos de fruta, conservas,
azeite, cereais, doces e compotas, café, água, vinhos, fruta desidratada e
frutos secos e snacks. E, para Ondina
Afonso não há dúvidas: “O mercado chinês necessita de uma presença constante
das empresas e esta é uma maneira que a PortugalFoods encontrou para facilitar
o trabalho das empresas e, simultaneamente, dar os primeiros passos na sua
própria internacionalização”.
“Coreia
do Sul e a China são dois países estratégicos”
Em janeiro último, Portugal,
através da AICEP, havia já assinado, também em Xangai, dois acordos de
cooperação com o Centro de Logística de Transportes Marítimos do Porto de Xangai
e a Associação de Transportes Marítimos Internacionais de Xangai, com vista a
melhorar o acesso de produtos portugueses ao maior porto da China. Já neste
acordo acabado de assinar com a PortugalFoods “estão envolvidas duas entidades
chinesas: uma empresa de marketing e comunicação e que faz importação de produtos
e uma cadeia de distribuição estatal”, explica Ondina Afonso.
Recorde-se que, nesta
deslocação à China, além da PortugalFoods e da Portugal Fresh – liderada por
Manuel Évora e que agrega dezenas de empresas produtoras de frutas, legumes e
flores - participou o secretário de Estado da Alimentação e da Investigação
Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito, que iniciou esta viagem ao Oriente pela
Coreia do Sul (Seoul).
O governante frisou, em
declarações à “Vida Económica (ver notícia na última edição), que “a Coreia do
Sul e a China são dois países estratégicos para o nosso agroalimentar, quer
pelo crescimento do volume de exportações registado nos últimos anos, quer, acima
de tudo, pelo enorme potencial que estes dois mercados têm para as empresas
nacionais” nomeadamente para a exportação de carne de porco (China e Coreia do
Sul) de frutas, arroz e equídeos (China).
A diretora executiva da
PortugalFoods partilha da mesma opinião. “O balanço [da visita à Coreia e à
China] foi muito positivo”, porque permitiu “encetar contactos com importadores
ligados ao ‘foodservice’ que anseiam por produtos portugueses”. Além disso, diz
Ondina Afonso, “consolidamos a relação com a congénere da PortugalFoods – a
FoodPolis (Cluster Nacional) - no que respeita à articulação na área do
conhecimento científico e marcamos já a vinda de uma comitiva de empresários e
investigadores a Portugal para setembro”. Teresa
Silveira – Portugal in “Vida Económica”
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