Tecnologia
Com 80% do volume de negócios fora de Portugal, a Tekever mantém a
internacionalização como principal foco
Depois de ter entrado no
Reino Unido, China, Brasil e Estados Unidos, o próximo passo do grupo português
Tekever é Abu Dhabi, no Dubai. O objectivo passa por dar continuidade ao
processo de internacionalizar expandido o negócio além-fronteiras.
“O nosso principal foco
está, efectivamente, na internacionalização, pois 80% do volume de negócios do
grupo está fora de Portugal”, refere ao Diário Económico Ricardo Mendes,
administrador Tekever, tecnológica portuguesa na área aeroespacial e defesa.
Uma das áreas de negócio
onde a tecnológica está a apostar forte é na indústria dos drones. A Tekever
tem hoje capacidade para produzir até 20 equipamentos por mês (dois aviões e
todo o sistema de comunicações) que custam 200 mil euros.
“É um processo industrial
adaptado às necessidades do mercado”, diz Ricardo Mendes. Este não é produto
‘mass market’, tais como aqueles que são comercializados na grande
distribuição, pois são direccionais a uso profissional e militar. “Comparar os
nossos equipamentos com os drones de consumo imediato é o mesmo que comparar um
carro utilitário a um Fórmula 1”, salienta o administrador da Tekever.
O processo de venda deste
tipo de equipamentos é complexo, pois antes de vender qualquer dispositivo a
tecnológica portuguesa é obrigada a validar a idoneidade do comprador, o que é
feito através do Ministério da Defesa.
A título de exemplo, o
sistema não tripulado AR4 Light Ray (um dos drones produzidos) que foi
utilizado numa missão real da NATO, no Kosovo, resultou de um protocolo de
cooperação tecnológica com o Exército português que durou cerca de três anos.
Durante esse tempo, o sistema foi testado e modificado em parceria com os
operacionais. Hoje o mesmo equipamento está ao serviço da GNR no Gerês em
missões de prevenção de incêndios. “Estas parcerias estratégicas são a garantia
de que comercializamos produtos adaptados aos mercados internacionais”, adianta
Ricardo Mendes.
Com cerca de 150
colaboradores, dispersos pelos diferentes mercados onde a Tekever esta
presente, a facturação ascende aos 20 milhões de euros. Um valor global, que
reúne as diferentes áreas de negócio do grupo, incluindo a que é comporta pelos
aviões não tripulados.
Ricardo Mendes, que não
divulga os resultados líquidos do grupo, relembra ainda que a falta de
legislação é ainda um entrave ao desenvolvimento da indústria de drones. Neste
momento e, tendo em conta a ausência de legislação, “não é possível a um
particular criar um negócio utilizando este tipo de equipamentos. O nosso
negócio é o fabrico, estando a operação a cargo de forças de segurança e de
defesa que - ao abrigo da Convenção de Chicago podem operar este tipo de
equipamentos”, conclui o gestor. Sara
Mota – Portugal in "Diário Económico"
Localização:
TEKEVER
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