Segundo
os dados do IBGE, no primeiro ano, em 2011, a indústria representava pouco mais
de 27,2% do PIB
Entre tantos indicadores
econômicos negativos como desaceleração da economia, pressão inflacionária e
aumento do desequilíbrio externo, outro fator é tido como tendência: a
intensificação do processo de desindustrialização precoce.
Segundo os dados do IBGE, no
primeiro ano, em 2011, a indústria representava pouco mais de 27,2% do PIB. Nos
anos seguintes, a participação despencou, primeiro com mais intensidade e
depois à razão de um ponto percentual por ano, atingindo marca inferior a um
quarto, o pior resultado das últimas décadas.
Quando se fecha o foco na
indústria de transformação, cujos produtos têm maior valor agregado, o cenário
é mais desolador. A participação no PIB em 2014, de 10,9%, é bem inferior à
metade da registrada em meados da década de 1980.
Só em São Paulo, que
concentra a produção dessa indústria, houve perda de 164 mil empregos formais
em 2014, retração de 2% no ano, segundo a Fiesp, a federação das indústrias de
São Paulo.
Tal desindustrialização é
precoce por ocorrer antes de a indústria do país alcançar o auge ideal e então
começar a perder importância relativa na economia, em favor de setores
potencialmente mais sofisticados, como serviços.
Essa seria a
desindustrialização natural, típica dos países mais ricos, sem impacto negativo
sobre geração de emprego e renda. Na desindustrialização precoce ocorre perda
da renda média dos trabalhadores, pois a indústria tem elevado índice de
empregos formais, paga salários mais altos e é um dínamo de crescimento, devido
ao efeito multiplicador na economia. In
“Guia Marítimo” - Brasil
Sem comentários:
Enviar um comentário