A Confederação das Associações
Económicas de Moçambique (CTA) mostrou-se preocupada com o baixo volume de
exportações para o Brasil, que actualmente não ultrapassa a barreira de 1%, o
que revela que as empresas nacionais têm apostado pouco na sua internacionalização.
Para reverter este cenário,
pouco favorável, de acordo com Agostinho Vuma, vice- presidente da CTA, que
falava durante a cerimónia de abertura do Seminário sobre Oportunidades de
Negócios entre Brasil e Moçambique, havido esta segunda-feira, 13 de Abril de
2015, na cidade de Maputo, as empresas nacionais devem apostar na sua
capacidade técnica e financeira, para competir em pé de igualdade com as
estrangeiras que investem no País.
Ainda de acordo com Agostinho
Vuma, é necessário que os investimentos que têm sido feitos no País beneficiem,
em primeiro plano, ao empresariado nacional, o que pode ser feito através de
parcerias, consórcios e transferência de tecnologias, pois só assim é que serão
criados mais postos de trabalho.
Sobre o seminário, organizado
pela Câmara de Comércio, Indústria e Agropecuária Brasil-Moçambique, o
vice-presidente da CTA considerou que o mesmo constitui uma "excelente
oportunidade para a troca de experiências entre empresários dos dois países,
cujas relações comerciais têm vindo a crescer nos últimos tempos".
"Moçambique tem um
manancial de potencialidades económicas, com destaque para a recente descoberta
e início de exploração de recursos naturais, o que o torna um destino de
elevadíssimos volumes de investimentos. Já o Brasil possui uma vasta
experiência de crescimento e de fortalecimento da classe empresarial, pelo que,
encorajamos que haja transferência de conhecimento diverso, particularmente no
agro-negócio e manufacturas", afirmou Agostinho Vuma.
Por seu turno, Sabrina Ferraz,
directora regional da Câmara de Comércio, Indústria e Agropecuária
Brasil-Moçambique, fez saber que, entre 2009 e 2013, as trocas comerciais entre
os dois países cresceram 34,8%, tendo o investimento brasileiro executado em
Moçambique ascendido aos 9,5 biliões de dólares norte-americanos na última
década.
Moçambique é um dos maiores
parceiros comerciais do Brasil a nível de África, ultrapassando a média de
exportações do Brasil para o resto do mundo, que se situam nos 27%, explicou
Sabrina Ferraz, que também destacou o facto de os dois países terem assinado em
Março último um acordo de cooperação e facilitação de investimentos, que visa
alavancar a internacionalização de empresas.
Importa realçar que o
Seminário anual sobre Oportunidades de Negócios entre Brasil e Moçambique
insere-se no âmbito da Semana do Brasil em Moçambique, edição 2015 e conta com
a participação de cerca de 40 representantes de empresas brasileiras que vêm
conhecer as oportunidades de negócio que o País tem a oferecer. In “Olá
Moçambique” - Moçambique
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