A pianista portuguesa Maria João Pires foi distinguida, na área da Música, com o Praemium Imperiale, um prémio internacional atribuído pela Associação de Arte do Japão, anunciou a organização.
O
Praemium Imperiale reconhece anualmente o contributo internacional de cinco
personalidades nas Artes e na Cultura e, na 35ª. edição, uma das artistas
premiadas é a pianista portuguesa Maria João Pires.
Além
da intérprete portuguesa, este ano o Praemium Imperiale reconhece o percurso
artístico da artista plástica francesa Sophie Calle, da escultora colombiana
Doris Salcedo, do arquiteto japonês Shigeru Ban e do realizador taiwanês Ang
Lee.
Segundo
a organização, o prémio tem um valor monetário de 15 milhões de ienes (cerca de
95.000 euros) e
será entregue aos cinco laureados numa cerimónia marcada para 19 de novembro,
em Tóquio.
Em
1998, o prémio referente à Arquitetura foi atribuído a Álvaro Siza.
Maria
João Pires, que completou 80 anos em julho, é a mais internacional e reputada
dos pianistas portugueses, com um percurso artístico que remonta a finais dos
anos de 1940, quando se apresentou pela primeira vez em público, aos quatro
anos.
Na
próxima semana, prepara-se para iniciar uma digressão pela Coreia do Sul, que
se estenderá até ao final de outubro, prosseguindo depois com uma dezena de
atuações na Europa.
Entre
os prémios conquistados pelo talento artístico contam-se o primeiro prémio do
concurso internacional Beethoven (1970), o prémio do Conselho Internacional da
Música, pertencente à organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e
Cultura (UNESCO, 1970) e o Prémio Pessoa (1989).
Na
década de 1970, o seu nome tornou-se recorrente nos programas das principais
salas de concerto a nível mundial e nos catálogos das principais editoras de
música clássica: a Denon, primeiro, para a qual gravou a premiada integral das
Sonatas de Mozart (1974); a Erato, a seguir, nos anos de 1980, onde deixou
Bach, Mozart e uma das mais celebradas interpretações das “Cenas Infantis”, de
Schumann; e depois a Deutsche Grammophon, a partir de 1989.
Maria
João Pires fundou ainda, em 1999, o Centro Belgais para o Estudo das Artes, em
Escalos de Baixo, Castelo Branco, um projeto educativo, pedagógico e cultural
dedicado à música.
O
Praemium Imperiale foi criado em 1988 pela Associação de Arte do Japão para
reconhecer “o trabalho excecional” em Pintura, Escultura, Arquitetura, Música e
Teatro ou Cinema.
“O
prémio homenageia personalidades de todo o mundo que transcendem as fronteiras
nacionais e étnicas, dando corpo à cultura e às artes do nosso tempo”, lê-se na
página oficial do prémio. In “Comunidade Cultura e Arte” – Portugal com “Lusa”
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